Este fim de semana, não era para ir à pesca!?
Reunião de apoio, marcada para Sábado! Estar com a família no Domingo! Nada de ir para Sines! Nada de zagaias nem de pescas de fundo! Este era o pensamento reinante na minha "caixa dos pirolitos"... Até Quinta Feira!
Mas, eis senão quando, comecei a pensar que, no próximo fim de semana, também não podia ir! Epá isso não é muito tempo? E se entretanto chove? E se acontece outra coisa qualquer?
Com estes pensamentos a atormentarem a minha cabecita, resolvi abrir a net e espreitar o Winguru! A partir daqui tudo se desenrolou rapidamente! Na Sexta Feira vai estar bom! E se eu for só fazer a tarde!? Levo as zagaias (com montagens novas para experimentar)! Não tenho de comprar iscas, o barco tem gasóleo! É só chegar e arrancar para a pesca! A brincar, ainda faço para aí umas quatro horas de pesca! Está feito!
Sem mais delongas, preparei tudo, aguardei pela manhã para despachar alguns trabalhos pendentes, e zás! Eram 13.00 horas, estava em Sines a preparar o barco para sair!
Sou sincero! Este não é o meu formato preferido de fim de semana! Gosto de ir à Sexta de tarde, pescar um pouco, preparar tudo para Sábado, jantar, beber uns "canecos" com pessoal amigo lá de Sines, dormir, pescar Sábado e, calmamente, arrumar tudo e voltar para o ninho!
Mas, foi mais forte que eu! Esta estória da zagaia atormenta-me e deixa-me cheio de vontade de ir, insistir, experimentar, aprender! Que vício!!!
Pronto, cheguei ao local e atirei-me a eles! Primeiro devagar, para aquecer os braços, depois energicamente, variando as velocidades e as amplitudes dos movimentos da cana, imprimindo vida ao bocado de chumbo colorido, pesado e com dois anzóis pendurados da cabeça; um mais acima e outro mais abaixo! Mas que raio é que o peixe vê nisto!? Pensei para comigo, enquanto, por minha acção, o dito objecto se mexia com ar de louco, lá pelos 40 metros de profundidade! Digo que assim acontecia, porque previamente o testei com movimentos idênticos perto da superfície! E, de facto, aquilo não é comportamento de um peixe normal!
Enquanto estes pensamentos me assolavam e após ter testado a distância do fundo em que a amostra trabalhava, levanto a cana amplamente, como quem se quer aliviar do esforço contínuo e baixo-a outra vez, calmamente, deixando a linha bamba começar a esticar-se, mas, ela continua bamba!? Será peixe! Levanto a cana, tensa e rapidamente! Está lá! É peixe! Dá-se a luta e aí vem ele! O enxalavar? Onde está? Aqui, mesmo à mão de semear! Coloco-o por baixo do peixe e vá para dentro do barco! O primeiro já cá canta! Não é grande! Mas é mais um testemunho de que tudo funciona! O local, a amostra, o movimento, as derivas...
Tudo me parece bem! Sinto-me um felizardo e redobro a atenção para o que me rodeia: o mar, a sonda, o GPS, a manobra do barco à procura de outra deriva, paralela e perto da anterior! As acções decorrem, perdidas no tempo! Entram mais dois peixes, com a mesma amostra e em momentos espaçados! O fundo não está como de costume! A comedia é pouca e muito agarrada à pedra! Será por isso que não sinto mais movimento!? Também, já não me posso queixar! Tenho dois Pargos e uma Bica e nem sequer trouxe isca!
O vento aumenta! O tempo corre! Entra uma aguagem, contrária ao vento, que faz com que o barco se mantenha no mesmo sítio, não permitindo a exploração de fundo habitualmente proporcionada pela deriva!
Também já chega!? Tenho peixe suficiente e juntei mais conhecimento para guardar em algum recanto do meu cérebro, o que, um destes dias, me poderá valer na captura daquele... Do tal... Enorme!!! Poderei então dizer, uma vez mais, tudo valeu a pena!!!
Deixo-vos com a foto dos três da tarde e com a promessa, de melhor completar as informações sobre esta técnica, quando sentir mais segurança na sua execução!
Cá estou eu no novo espaço. Bons pargos.
ResponderEliminarViva Valter!
ResponderEliminarGrato pelo seu interesse!
Grande abraço!
Ernesto