terça-feira, 30 de outubro de 2007

Estudo de Pesqueiros (continuação) 21/Agosto/2007


Continuando a procura e os testes divulgados na entrada anterior, fomos pescar, eu e aminha mulher no passado Sábado, dia 18, com uma maré de 1,07/2,94, sendo a baixa-mar às 12.19 e a preia-mar por volta das 18.00 horas.
Iniciámos a pesca pelas 10.30, com vento NW já instalado e a prometer mais, pelo que, não pudemos iniciar a pesca pelos pesqueiros de fora, o que seria o mais lógico atendendo ao que foi referido na útima entrada, relativamente à possível tendência do Pargo se aproximar de terra com a proximidade da enchente e afastar-se em situação contrária.
No entanto lá nos dirigimos para mares abrigados de terra, começando a pescar à hora referida, portanto, a mais ou menos duas horas do fim da vazante.
Demos com uma cova a 23 metros, entre pontões baixos (+/- 20 metros), mostrando a leitura da sonda algum peixe agarrado ao fundo, e, usando as técnicas iscas e materiais, referidos na anterior entrada, embora diminuindo as espessuras dos estralhos para 0,30 e 0,35, lá iniciámos a acção de pesca.
Não havendo aguagem e atendendo à baixa profundidade, lancámos bocados de Sardinha e bombocas inteiras que deslizavam a pique em direcção ao fundo!
Os ataques de peixe míudo não se fizeram esperar, iniciando-se de imediato as capturas de Sarguetas e Choupas de tamanho bem superior à medida legal.
As cavalas começaram a aparecer e as iscadas com elas também! Até que, aí uma meia hora após o início da acção de pesca, pouco passando das 11.00, entra o primeiro Pargo! O da foto! Que pesou 2,900 Kgs!
A partir daqui, meus amigos, acabou! Só peixe miúdo! Exceptuando um Sargo que, coitado, estava tão magro que foi de imediato devolvido para ver se se alimenta, de forma a valer a pena que alguém o coma!
Pescámos até às 14.30, com o vento a aumentar e, quando já pensávamos levantar ferro, embora sem nunca desistir das iscadas fartas e dos anzóis a condizer, eis senão quando, a minha cana mergulha, a luta dá-se e capturo um Pargo com 1,600 kgs! Olho para as horas e penso! Será que vão entrar a partir de agora!? Estamos com duas horas de enchente!
Enquanto isto, continuo a iscar, a lançar e a deixar o peixe miúdo roer a isca, sem reagir e Bumba! Outro Pargo! Este é maior que o primeiro! Luta! Arranco-o do fundo, penso que já o tenho e solta-se neste momento! Porquê? Talvez mal ferrado!? Não sei!?
Olho para o relógio, são 15.15 e temos de ir embora! Outros compromissos e o aumento da força do vento, não nos deixam continuar! Que pena!? Vai-se ver e dava-se mais um pequeno passo para a confirmação da tese!
Não faz mal! Há mais marés que marinheiros! Fica para a próxima!
Mas dá que pensar! Vejamos:
A duas horas do fim da vazante deu o único Pargo até ao fim desta! Duas horas após o início da enchente entram dois Pargos à isca, capturando-se um e fugindo o outro! Isto à terra, num fundo de 23 metros!
Será que o primeiro estava de saída lá para fora e que os dois mais tardios estavam de entrada cá para a terra?
Não se sabe! Vamos continuar a testar, se a meteorologia e o tempo disponível colaborarem!
Depois conto!
Boa noite a todos!
Ah! Já me esquecia! Os dois que "subiram", entraram à cavala, nas canas a trabalhar na mão! À cana do caneiro, não tocou nada, para além das ratices do peixe miúdo!
Se alguém, entretanto, já testou e pode confirmar o que para aqui ando a tentar perceber, era bom que comentasse! Poupava-me algum trabalho de procura e de escrita!

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