Sexta, Sábado e Domingo, foi um "fartar vilanagem"! Muita procura, muita experiência, muita insistência! Eu a tentar enganá-las e elas a não deixarem, mas, "quem porfia mata caça", e, as raparigas acabaram por sucumbir ao meu "charme"!
Na Sexta, fui só! Não é egoísmo, mas sim uma necessidade de sentir que posso fazer o que quiser, sem ter ter de dar contas seja a quem for ou estar preocupado com o bem estar de quem estiver comigo! Faz-me bem, de vez em quando; sinto que me equilibra e me deixa pronto para o que der e vier! Outros terão as suas formas de atingir este estado! Esta é a minha!
Demandei a zona mais procurada e afastei-me da "molhada", procurando pesqueiros com aspecto produtivo, já que o local referido é pródigo em pontões, zonas de areia e entralhados, normalmente cheios de comedia e com marcações de sonda muito atractivas, nesta altura do ano, entre os 65 e os 96 metros de profundidade.
Munido das montagens (ver "Eu e as Douradas") e, de Carangueijo, Sardinha e Bomboca, como iscas; fundeei e iniciei a acção de pesca, com entradas imediatas de Besugos, Parguetes de 0,800 e 1 Kg.
Os sinais eram bons e o Carangueijo começou a desaparecer, o que, normalmente, indica o ataque das Douradas, as mais procuradas nesta época.
A pesca decorreu sem precalços, mas, pese embora a contínua alteração de iscas e formas de iscar, não consegui melhor que três Douradas, sendo a maior a que se vê na foto inicial, bem acompanhada pelo maior Pargo do dia!
Sem ser uma grande pesca, foi a possível, entre Besugos, Pargos e Douradas; atingi o peso máximo permitido, mais o exemplar; mas, o que eu queria, menos exemplares e maiores, não consegui! Pensei: amanhã, venho outra vez para aqui, procuro outro pesqueiro e insisto! Teimosia, tempo e vontade de conseguir melhor, são coisas que não me faltam! Agora é tempo de acomodar o peixe, recolher as armas, limpá-las e tratar do jantar, da conversa e dos canecos que completam o dia!
Depois do social, volta para o barco, preparação do dia seguinte, renovando as baixadas e acomodando as iscas de forma a assegurar a sua frescura, seguindo-se um sono reparador, povoado de sonhos com pesqueiros carregados de peixes enormes e eu sem mãos a medir, tentando apanhar só os maiores! Sonhar é bom e alimenta-me a alma!
Com a alvorada, chegou o meu amigo Brás, com quem combinara o dia seguinte, podendo ler-se na sua cara o prazer prespectivado pelos seus próprios sonhos que, certamente, não terão andado longe dos meus!
E, aí o têm, na foto abaixo, com o maior peixe do dia! Mas, se acham que foi fácil e que os nossos sonhos se realizaram!? Estão enganados!
Sábado, iniciámos a pesca na mesma zona! Muito mais barcos, obrigando-nos a procurar ainda mais afastados e com a pesca a correr mal! Muito roubo de isca e fracos resultados que se prolongaram até ao meio dia, momento em que concluímos ser necessário tomar uma atitude!
A hora, já não permitia grandes procuras, atendendo ao tamanho dos dias, e, resolvi telefonar ao meu amigo Tavares, sabendo que este pescava numa outra zona e perguntar-lhe sobre os resultados. A resposta foi música da que mais gosto!
"Elas" andavam por lá e estavam a responder bem!
Fomos para a zona indicada pelo meu amigo, constatando à chegada que éramos os únicos barcos em acção de pesca! Afastei-me dele e procurei um bom fundo! Dei com uns pontões seguidos que acabavam nuns entralhados cheios de comedia e com pontos vermelhos no meio desta, indicando a presença de peixe maior ou muito aglomerado.
Manobrei e fundeei, com cuidado, para não perder tempo de pesca, pois já eram 13.30 e o vento da tarde estava a dar sinal de si. Dei folga ao cabo! Não fora o vento aumentar demasiado e tirar-nos do local, obrigando-nos a gastar tempo fora da acção de pesca!
A hora já não era das melhores, o pesqueiro poderia ter de ser feito através das iscadas que descem e sobem, e, as Douradas, muitas vezes, assim como aparecem, desaparecem e só no dia seguinte tornam a marcar encontro!
Iscas para baixo e os peixes começaram a entrar, primeiro Pargos com a Sardinha! Depois mais Pargos com a Sardinha! O Carangueijo vinha chupado e não comido, sinal de que era o peixe miúdo a consumi-lo e não a Dourada! E, mais Parguetes com a Sardinha com as horas a passarem!
Até que, as primeiras iscadas de Carangueijo vêm limpas, com toques pequenos, secos e, por vezes impercetíveis, são elas! Estão aí! Considerando a hora, não me parece que vão andar por aqui muito mais tempo, comentei com o Brás!
Aumentámos a rapidez na colocação das iscas e insistimos no Carangueijo! A coisa deu-se! Primeiro o Brás, com o exemplar da foto já referenciada, depois eu, com uma mais pequena!
O frenesim continuou, quer o nosso em acção de pesca quer o do peixe a roubar, mas, das Douradas não houve mais notícia neste dia!
O saldo final foi bonzinho, uns sete ou oito Pargos pequenos, duas Douradas, umas Sarguetas das grandes e choupas a condizer! Mas bom, muito bom; para além do dia espectacular que passámos entre, o fracasso e algum sucesso, momentos intensos e retorno à calma; foi eu saber o que fazer e onde me dirigir no dia seguinte, Domingo, com pesca já combinada com o Raimundo, o Vitor e o Zé Custódio, no meu barco e com a companhia do barco do Tavares, onde embarcariam também, o Zeca e o Zé Beicinho, o que antevia, pesca, conversa e picardias de barco para barco, na mesma zona de acção.
A felicidade está muitas vezes onde a queremos ou podemos encontrar, e, sem dúvida, tinha acabado um dia de pesca e transbordava de alegria só de pensar no dia seguinte, principalmente sabendo que ainda o íamos combinar melhor ao jantar!
São, neste momento, 19.00 horas e já não tenho tempo de vos contar o Domingo (penso que vale a pena), pois estou-me a preparar para ir receber o Ano de 2008 com a família e uns amigos, permitindo que também esta entrada assinale mais esta passagem de ano, mantendo-me a falar de pesca e algo da vida, durante o ano que vai entrar!
Para todos vós, umas boas entradas e que o Ano de 2008 vos traga e aos Vossos, tudo o que mais desejarem!
Bom Ano Novo!
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