terça-feira, 19 de outubro de 2010

Desabafos, antecipações, reflexões e... Algum peixe!


As vidas mudam e novos equilíbrios se constroem, buscando a adequação a novos formatos, horários, exigências... Colmatando até, a ausência ou diminuição dos dois últimos, situação que, como devem calcular, acontece por exemplo a quem se reforma e, ainda mais, se o faz com alguma revolta, de uma profissão da qual até gostava, mas onde qualquer progressão, por mais ou melhor que trabalhe, lhe está limitada; e, estimados leitores, o tempo não pára!

Pois é... Aqui o "blogueiro" resolveu sair e procurar outra vida. Sim, porque a antecipação nestas coisas sai cara, principalmente a quem não é político ou gestor público, obrigando a outras escolhas que preencham o tempo e, se possível, equilibrem o erário familiar onde, sanguessugas, criminosos de colarinho branco e outros bichos matreiros, continuam a causar estragos de monta.
Não me estou a queixar! Acho que tenho alguma noção das dificuldades porque muita gente está a passar e sem qualquer perspectiva futura, mas para todos os efeitos, sei que aquilo que decidi deixar (?)  que me retirassem permite pagar a alguém mais novo que ocupe o meu lugar e, para além disso, libertei o actual governo ou outros vindouros (coitados...) da obrigação de me pagarem o que seria devido ou, melhor dizendo, o que entendessem, independentemente do tempo completo de serviço e dos descontos efectuados. Aqui para nós, acho que isto ainda não fica por aqui... Logo se vê!?

Só não me conformo com uma coisa... Enquanto professor, ao longo dos anos e em conjunto com os meus colegas de outras disciplinas, contribuí certamente para a formação de alguma desta gente que nos governa. Atendendo aos resultados, duas ilações entre outras posso retirar:
- No que respeita aos valores e capacidades que lhes possa ter passado relativamente ao seu futuro contributo para a sociedade, certamente... Fiz mal o meu trabalho!
- Quanto aos valores e capacidades relacionadas com a auto promoção e auto etc., não me lembro de lhes ter ensinado nada disto, mas o que é certo é que os "moços" discorreram ou tiveram quem os ensinasse melhor.

Para todos os efeitos, não estava lá a ser necessário para nada e o melhor que tenho a fazer é mesmo... dedicar-me à pesca, de preferência ainda mais que o que já me dedico, não tendo estado esquecida mas de algum modo afectada pelos últimos acontecimentos.

Desabafos à parte, vamos então voltar ao assunto de que trata aqui o local!

O mau tempo que se fez sentir, representado na imagem de abertura, aliado às questões introdutórias, teve algum peso na ausência da actividade prática, sendo que a teórica esteve sempre presente antecipando o tão desejado momento de voltar às lides que agora não têm obrigatoriamente de ser efectuadas ao fim de semana... Qualquer dia serve, desde que os elementos o permitam. Não é bem assim, mas... Mais ou menos!

Certo é que, depois de "arrumar a casa", fruto das alterações, dei-me a um luxo que há muito não me era permitido, quer por falta de tempo, quer por falta de espaço de trabalho.

O tempo disponível e as arrumações pós reforma permitiram que a mesa do meu cantinho, ficasse finalmente  com o espaço suficiente para espalhar por lá aquilo que gosto, assim como, visualizar a carta que a forra e estudar, calma e antecipadamente, os muitos pesqueiros ainda por explorar. Uma delícia!

Então, no passado Sábado, enquanto ouvia o vento e a chuva fortes e após decidir que pescaria na Terça, Quarta e Quinta feiras que se avizinhavam, ao fundo e com zagaia; procurei os materiais e espalhei-os à vista, antecipando o que faria com eles e achando que o momento merecia ficar para a posteridade. 


As montagens seriam o passo seguinte, após mirar tudo o que dispunha perante os meus olhos. já sem me lembrar da "bicharada matreira" que nos suga.

As imagens proporcionadas por anzóis, destorcedores, caixas, caixinhas...


Ferramentas de corte, de defesa destes, para agarrar pequenos e maiores materiais, fios, fiozinhos...


Atirei-me às montagens, ordenando materiais para baixadas da cana a pescar na mão, da outra no caneiro e ainda daquela outra com isca viva...


Observando outros já montados, lembrando mentalmente as animações possíveis imprimidas por movimentos variados...

Fazendo acabamentos em novas "artes" e... Sempre olhando tudo, como se fora a primeira vez que vislumbrasse tais conjuntos.

Que bom é antecipar... Mesmo que os resultados posteriores não se revelem grande coisa!
E o peixe que capturamos mentalmente enquanto o fazemos... Um delírio!

Mas passemos à realidade prática! Ou não foi para isso que antecipámos!?

As estratégias de procura e distribuição da aplicação de técnicas pelos dias disponíveis, também elas motivo de antecipação mais séria, definiam-se tendo em conta factos observáveis, como por exemplo:

- Quase um mês sem pescar, com um vendaval terminado havia dia e meio.
- Época normalmente rica, quer para a zagaia quer para os grandes ao fundo.
- Possibilidades de capturas mais fundas, atendendo a que o vendaval poderia ter incidido menos nessas zonas, mas... Possibilidades também de peixe grande ainda encostado a terra, procurando possíveis concentrações de peixe miúdo alimentando-se de nutrientes descobertos pelo vendaval, ali menos fundo.
- As Douradas que já poderão andar por lá e a necessária encomenda de Caranguejo que muitas vezes tem servido bem para os Pargos, nesta época.

E as perguntas que se colocavam:

Como gerir o tempo e o esforço? Onde começar? Que sinais aceitar? Que sucessão de pesqueiros, caso os primeiros não funcionem? Que iscas utilizar mais intensamente? Que? O quê? Onde? Como? Quando?

Tanta insegurança... Até parece que se ia pescar pela primeira vez!?
Mas é tão bom que assim seja!

As decisões iniciais tinham de ser tomadas e vá de Terça ao fundo, Quarta à zagaia e Quinta, outra vez ao fundo, caso a zagaia não produzisse ou os sinais não se mostrassem favoráveis. O que é isto de favoráveis?
Talvez não o sejam nos pesqueiros testados e os outros? Que raio! Assim nunca mais me decido!!!

O tempo que parecia inicialmente muito, tornava-se já curto e ainda nem tinha começado a pesca... Coisas das antecipações!

Finalmente e considerando que não se pode estar ou ir a todo o lado que se quer, em determinado espaço de tempo, ficou a opção já referida, acordada também com o companheiro João Martins que já se sente bem a fazer vários dias seguidos. Quem diria...

Na Terça Feira, a escolha de pesqueiros recaiu sobre zonas já conhecidas, nem muito baixas, nem muito fundas ou a virtude não estivesse no meio... Será verdade!
Por vezes é, outras... Nem tanto!

As aguagens deixadas pelo vendaval estavam instaladas! Rápidas, fortes e irregulares na sua força.
O peixe comia, mas os sinais eram dispersos, também irregulares e difíceis de entender, mal grado a insistência das duas a três horas em que testámos o primeiro pesqueiro.
A necessidade de mudar de local tornou-se óbvia e fomos mais para a terra e para  Sul, tentando fugir à aguagem e encontrar o que procurávamos, mas as condições eram idênticas, embora os toques, também irregulares, parecessem mais intensos e passíveis de nos darem alegrias que só vieram a verificar-se já no fim do dia, muito perto do Sol posto, quando entraram quase de rajada: uma Dourada pequena, um Sargo de quilo, uma Sargueta daquelas maiores e o Pargo que se mostra!


Este pesqueiro mostrava sinais interessantes... Ficavam no entanto as questões: melhoraria nos próximos dias por força da estabilização das condições de mar e vento ou seria a hora do dia a mandar? As temperaturas de 18º, a continuarem, fariam com que o peixe aparecesse por ali ou encaminhá-lo-iam mais para a terra? As aguagens diminuiriam de intensidade ou iriam manter-se? O peixe maior apareceria por lá, mesmo com aguagem ou procuraria zonas onde a ausência desta lhe permitisse caçar sem tanto esforço?

Questões sem resposta que só a volta aos mesmos locais poderiam talvez deslindar!

O assentar do jantar seria a melhor hora para falarmos sobre as incógnitas e talvez tomar decisões sobre o que fazer no dia seguinte, antes agendado para a zagaia.

Decidimos manter o plano inicial, pensando que seria dado o devido tempo ao mar, para se recompor das suas anteriores fúrias. Quem sabe, nos permitisse outras recompensas ao tentarmos outras técnicas, outras zonas!?

A manhã de Quarta, acordou calma, não nos colocando quaisquer limites à escolha de pesqueiros.

Amostras preparadas...


Cana e montagem em espera...


Procura de fundos, de sinais...


Muito trabalho de sapa, mas poucos sinais capazes de nos entusiasmar por mais fundos que corrêssemos e testássemos a toque dos movimentos imprimidos às amostras. Vai-se ver e não corremos aqueles que deveríamos, tendo por recompensas: um belo dia de mar, boa conversa e uma grade do tamanho do barco. Faz parte, em altas percentagens, quando se utiliza esta técnica.

O último dia aproximava-se! Havia que aproveitar cada bocado de conversa e decidir os pesqueiros a testar.

Continuar com a zagaia poderia ser uma boa opção mas, o bichinho da pesca ao fundo e a tentativa de perceber a evolução dos pesqueiros dois dias após o vendaval, deixavam-nos curiosos, assim como tentar perceber se os fundos de terra seriam ainda produtivos.
Estavam lançados os dados para uma pesca de fundo, testando primeiro a baixa profundidade e depois os pesqueiros do primeiro dia, começando naquele que nos deu peixe, decidindo depois em conformidade com os sinais.

A Sardinha e o Caranguejo seriam, uma vez mais, os escolhidos para o festim.

A Quinta Feira brindou-nos com mais uma manhã calma e um mar de prata com alguma ondulação larga, inofensiva, permitindo-nos escolher qualquer zona, sem restrições. Poderíamos ter escolhido qualquer local mais longínquo, mas e depois... Como perceberíamos se as condições se alteraram nos pesqueiros testados no primeiro dia? Como saberíamos se outros pesqueiros onde fôssemos, com melhores ou piores resultados, tinham estado assim nos dias anteriores? Que mais valias traria essa opção para a nossa base de dados?
Com tais pensamentos lá nos dirigimos para os mares dos 22 e 26 metros onde, para além de uma rede sem qualquer sinalização que se enrodilhou no ferro, obrigando-nos a esforços complicados para que nos víssemos livre dela sem o perder; nada capturámos, nada sentimos!
As iscas subiam e desciam intactas, não dando qualquer sinal de actividade, aliás confirmadas pela sonda que só no pesqueiro onde a rede se encontrava, mostrou sinais que afinal deveriam ser a própria rede na sua função predatória. Mais um teste, mais um falhanço redondo!
Havia que persistir e impunha-se agora, considerando as opções tomadas, voltar ao pesqueiro do dia anterior e testar a sua evolução.

Navegámos para lá, parámos e percebemos de imediato que a aguagem tinha diminuído significativamente de intensidade e alterado a direcção. Fundeámos, iniciando a acção de pesca.

Os toques começaram, cuidadosos e por vezes intensos, indicando talvez a presença de melhor peixe. Não passou muito tempo até que o João tirasse a primeira Bica, seguida passado algum tempo de uma outra tirada por mim. Depois um toque e uma luta pequena, ambos inesperados atendendo a que jamais tinha capturado Besugos naquele pesqueiro. Pois é... Besugos! Nunca os tinha visto por ali e já lá pesquei muitas vezes. Terão sido as alterações originadas pelo vendaval?
Certo é que, qualquer postinha de Sardinha pendurada no anzol 4/0, dava Besugo na certa, como este que mostra o João, inconformado pelo tamanho da captura, talvez até por algum desagrado que nutre por tal espécie, atendendo à facilidade com que se deixam capturar, pois até com meias sardinhas iscadas acabavam por ficar pendurados nos nossos anzóis. Grandes bocas têm estas saborosas "bogas vermelhas"...

Olhem só para a amostra!


Acabámos por nos ir livrando deles à força de iscadas de meia Sardinha, já que o Caranguejo nada capturava, embora tenham entrado mais duas Bicas e duas Douradas, uma com um quilo e outra com um pouco mais que escolheram a Sardinha, em detrimento da isca que supostamente mais gostam.
Não é novidade, mas dá que pensar!

Aqui está a maior delas, pequenita, palavra que parece delinear-se naquela expressão por baixo do bigode!?


A pesca terminava, indicando que cada dia que passasse poderia meter mais e melhor peixe neste pesqueiro e, quem sabe, naquele que primeiro testámos na Terça Feira.

Algo se pode talvez daqui concluir... Após vendavais tudo muda e, em cada dia que passa, as alterações verificam-se em cada pesqueiro mais afectado por estes ou, em cada pesqueiro habitual para uma época, donde o peixe grande pode desaparecer, voltando após alguns dias porque torna a ser mais interessante que aqueles outros que lhe ofereceram comida logo após vendaval, mas que foram "Sol de pouca dura". Será assim... Não será? Quem sabe?

Deixo-vos com estes desabafos, antecipações, reflexões e... Algum peixe; enquanto aguardo a próxima volta a Sines, onde espero encontrar outros momentos para convosco partilhar.

Até lá... Uma boa noite a todos os leitores.

19 comentários:

Eu Adoro o que Faço disse...

Olá Ernesto,
A reforma de certo que assusta de inicio mas acredito que rapidamente se ganham outros habitos, e se forem saudáveis podem-se tornar numa mais valia para o corpo e para a alma.

envejo muito esse posto, não me estou a ver a deixar de trabalhar mas estou-me a ver a fazer aquilo que gosto e aquilo que devo fazer com o meu horario.

Quanto a pesca em sí, gosto muito de teu estilo de pensar e de organizar muito bem as coisas antes de ir a pesca.

Acredito que com o tempo vais repartir melhor as pescas entre os artificiais e a pesca de fundo.

a vantagem dos artificiais passa pela liberdade de experimentar muitos iscos numa pescaria e muitas tecnicas no mesmo dia, é mais cansativo, mas sabe bem chegar cansado a casa a fazer aquilo que se gosta, mesmo sem peixe a vista.

alem disso permite fazer uma pesca com o nosso proprio horario sem pensar que o isco se vai estragar se não o gastar hoje ou mesmo sem a preocupação de pensar no isco antes de pescar.

claro que é a minha opinião, mas no meu caso só sonho com um peixe tipo capa de revista, trabalho para isso e grado muitas vezes com muito gosto, a contar que algum dia serei recompensado, se esse dia chegara ou não...pouco me importa...se nos proximos 6 meses gradar sempre...sinceramente tambem pouco me importa, cada vez mais me revejo com uma ida a pesca com o intuito de experimentar coisas novas e novas tecnicas, tirar as minhas conclusões e estar em frente ao mar a contempla-lo.

claro que o faço com o intuito de grandes capturas, mas só se elas aparecerem é que é uma grande festa.

qualquer dia gostava de "perder a cabeça" e dar um salto a sines, não por experimentar novas tecnicas mas por estar ao lado de grandes mestres da pesca.

Muitos sonhos e uma vida pela frente...

gostei muito do que li neste teu post e peço desculpa pelo comentário mais longo e pelo desabafo.

1 abraço

Rebolo disse...

Boas Ernesto,
Pois é verdade, a vida não para e à que aproveita-la ao máximo, embora o máximo, seja difícil de aproveitar nos tempos que correm, onde nos chupam cada vez mais, não podemos dar um passo sem pensar duas ou três vezes no que fazemos, a fim de não termos dissabores maiores no futuro.
Não sei onde iremos parar, só o futuro nos dirá, mas a coisa tá feia.
Bem, passando a pesca que é algo que nos faz esquecer um pouco os problemas que nos rodeiam.
No sábado passado fui fazer uma pescaria ali para os lados do São Luís (Setúbal) e aconteceu-me o mesmo em relação aos Besugos, eram às dezenas, mas bem mais pequenos do aquele que mostras na foto apanhado pelo João.
Parecia uma praga de bogas mas com Besugos bebés, também nunca tinha visto tal coisa ali naquelas bandas.
Fica aqui a mesma questão, teria sido do tempo que se fez sentir nas ultimas semanas?

Abraço
Tiago Rebolo

Anónimo disse...

Bom dia professor,

agora é que a expressão "Dedica-te à pesca!" faz sentido! LOL
Sinto que lhe custou muito tomar a decisão de antecipadamente dar o lugar a outro mas tenho a certeza de que quem vier para o seu lugar não terá o mesmo gosto de ensinar que o Ernesto tem. E esta é uma raça em extinção, e que devia ser preservada: os professores com vocação para ensinar!
Mas já que o fez, aproveite e desfrute e, além do professor, quem vai ficar a ganhar são os seus fieis seguidores porque com jeitinho vamos começar a ter duas crónicas por semana!

Agora de pesca:
também eu, na passada terça-feira depois do vendaval, fui ao mar em Peniche apanhar os meus peixinhos. A descrição que o prof. fez de Sines assenta como uma luva para Peniche, apesar dos 300 Km de distância. Eu acrescentaria apenas que a água estava verde e "suja", resultante do temporal. Da parte da manhã, e depois de mudar a poitada 2 ou 3 vezes, assentámos num bom pesqueiro a 70 m e apanhei umas valentes "bogas vermelhas" (besugos) que mais pareciam parguetes. Eu, ao contrário do amigo João Martins, gosto muito de apanhar besugos e se forem XXL tanto melhor, e gosto, ainda mais, de os comer grelhados com um molhinho de coentros, alho e azeite, acompanhados por um Esporão reserva. Já estou com fome!!!
Da parte da tarde diminuíram os toques e apenas entraram umas safias grandes e os carapaus e fanecas habituais. No meu último lançamento, e depois de ter desistido da sardinha, apanhei um parguete com camarão.

Para terminar este meu demasiado longo comentário, quero desejar-lhe uma feliz reforma e utilizando uma expressão nortenha,
Continuação!

Do seu aluno,
Pedro

Ernesto Lima disse...

Viva Pessoal!

Grato pelos comentários!

Ao Zé:

Essa é uma forma de estar na pesca que defendo vivamente, embora ache que os passos relacionados com as capturas de peixes pequenos me parecem importantes no percurso dum pescador lúdico/desportivo.
Quanto a vires a Sines, isso ainda não aconteceu, por falta de oportunidade, sendo que a melhor foi nas tuas férias e o barco estava em seco.
Quanto à tua "capa de revista" sinto muito sinceramente que a primeira não estará longe e a essa outras se seguirão.

Ao Tiago:

É verdade... Tudo indica que o vendaval e a estabilização posterior trouxeram bom peixe, segundo notícias que vou tendo do passado fim de semana.
Quanto aos Besugos pequenos, quando iscados vivos em cana vadia, podem trazer agradáveis e talvez grandes surpresas!?

Ao Pedro:

Os Besugos são de facto uma pesca engraçada e gratificante, principalmente dos tais XXL. Quanto a petisco, quando frescos são sem dúvida um pitéu, tal e qual como descreve os acompanhamentos (vinho incluído)!

Já agora, só uma pergunta: A côr da água, na zona mais produtiva, mantinha-se com o mesmo tom de verde ou nem tanto?

Abraço a todos

Ernesto

Fernando Rodrigues disse...

Caro Ernesto,

Não sei quanto tempo faz que leio este blog em surdina. Muitas horas de prazer me deu a ler tudo. Hoje faço a minha primeira intervenção, porque a entrada da sua reforma assim o merece. Parece que passamos a vida a deseja-la e quando lá chegamos fazemos outras contas. É mesmo assim. Tal como o Zé já disse, começa outra etapa.
Quero apenas desejar-lhe muitas felicidades e que encha este blog de histórias de pesca, agora que tem mais tempo. Abraços.

eu disse...

Caro Ernesto,

embora ainda esteja na idade em que até acharia piada a reformar-me (estou tão longe que posso pensar assim), compreendo que quando essa altura aparece vêmo-nos confrontados com a nova realidade de horários e tarefas. Até a hora do despertador devemos ter que alterar, sob pena de nos vermos prontos a horas improprias para quem não tem compromissos...não deve ser fácil..! Agora pense que chegou a altura de dedicar-se a esta vida de pesca de forma mais regular e aproveitar aqueles dias que sabemos que vão ser de "gala" mas que os compromissos teimam em não nos deixar aproveitar...

Uma sugestão...e que tal juntar esse prazer de ensinar ao conhecimento sobre a pesca e pensar nuns whorshops regulares ou umas saídas organizadas...no fundo poderia continuar a ensinar mas mudar de "escritório".

se pensar nisso inscrevo-me já... só precisa de dizer quando e onde.

Um grande Abraço e parabéns por mais um excelente texto.

Nuno Lebre

Unknown disse...

Olá Ernesto

- Essa descrição dos preparativos são uma jornada de pesca.

Ernesto uma vez que a reforma já chegou, porque não publicar um livro? Sim, uma compilação de crónicas de pesca como a acabámos de ler?

- Olha, eu e o Nuno já estamos a aquecer os motores para dia 30, espero que "Neptuno" nos ajude.

Até lá...
Grande Abraço e obrigado por esta partilha tão gratificante

ToZe (Evora)

Anónimo disse...

Boa Noite Ernesto

Já sentia falta ,das suas crónicas como me comentou no outro dia já lhe estava a sentir comichão no dedo (dar ao carrecto = que dar ao gatilho) ,gostei muito das fotos das amostras em cima do mapa da costa faz lembrar lembrar aqueles quadros antigos com os anzois grandes linhas boias , bossulas, aparelhos de pesca que serviam de tantos e tantos motivos a quadros e capas de revistas e livros .Já vi como a dias da pesca e á dias do pescador , vamos lá ver o que nos reverva Neptuno no fim de Outubro .

Abraço Nuno Mira

P.S. digo isto dos quadro porque o meu irmão pinta ,mas nunca pintou ima natureza morta com os aparelhos da pesca .

Anónimo disse...

Amigo Ernesto

É com enorme e literal INVEJA que te felicito pela merecida reforma e que por antecipação, mesmo com penalizações, surge antes do tsunami que por aí vem.
Também partilho contigo algum sentimento de culpa por não ter no passado e não estar a ir, no presente, mais longe, contra as imposições superiores , em erradicar estas gerações de gente sem princípios, fúteis, bezerros mansos sem vontade nem ideias próprias a não ser o seu interesse pessoal e mesquinho.

Amigo Ernesto, há muito mais vida para além da reforma, e desejo que estas "Novas Oportunidades" se materializem em ricas e renovadas experiências na arte de enganar os peixes - aliás uma das condições mais essenciais à vida do ser humano, a de se alimentar e que ainda podemos realizar, tal como os primeiros hominídeos, em íntimo contacto com a Natureza.

Um abraço

Anónimo disse...

Bom dia professor,

respondendo à sua questão da cor da água, esta manteve-se no tom esverdeado todo o dia, mas no tal pesqueiro mais produtivo não estava tão "fechada", apesar das funduras serem mais ou menos iguais 70/80 m).

Um dos ensinamentos que eu tenho retirado das "aulas" do professor é o tentar analisar e interpretar os diversos factores que o mar nos dá. Isto a propósito que nessa mesma jornada, e nas duas horas dos besugos XXL, reparei que os mesmos vinham sempre no anzol de cima (pesco com 3 anzóis). Vai daí e mudo para um aparelho ainda mais comprido (2 metros) com os 2 anzóis de cima bem altos. Conclusão. comecei em vez de tirar um besugo a tirar 2 e, modéstia à parte (lol), naquele período apanhei eu mais "peixinhos" que quase o resto dos 11 companheiros de jornada juntos! E se há um valor que eu admiro no prof. é a partilha, e eu partilhei mas disseram que era apenas sorte! LOL

Um abraço do seu aluno,
Pedro

Ernesto Lima disse...

Bom dia para os comentadores a quem não ainda não respondi!

Grato pelos comentários!

Ao Fernando Rodrigues, agradeço as "boas chegadas" à reforma e dou as Boas Vindas aqui à página.

Ao Nuno Mira e ao Tózé falamos dia 30 se o mar deixar!

Ao Nuno Lebre e ao Sr. Anônimo que me parece, conheço pela escrita, e, a todos vós, agradeço as sugestões e o apoio nesta nova fase da minha vida.

A questão é... organização!

Tenho tanta coisa na cabeça que quero fazer que só me resta organizar-me e escolher uma linha de actuação.
Mas, para já, penso muito, tento pescar o máximo, trabalho ainda em organização de actividades desportivas e... Quero pescar mais! LOl

Não quero é ir ler o jornal para o café quando acordo... Nem pensar!

Depois vamos ver!?

Um abraço a todos vós!

PS: agora tenho de arrumar as coisas, porque daqui a hora e meia vou para Sines! Ainda quero zagaiar hoje à tarde. Lololoolol

Anónimo disse...

Amigo Ernesto

O sr.Anónimo esqueceu-se de assinar...

Mais um abraço

Paulo Benjamim

Ernesto Lima disse...

Viva Pedro!

DEsculpa não ter respondido, mas penso que terei estado a tratar do meu comentário quase em simultâneo com o teu.

Quanto às cores das águas, parecem ter alguma influência que nunca se sabe ao certo em que zona da coluna de água serão mais influentes. No caso de pescas a baixa profundidade, com aqueles esverdeados claros, não me lembro de ter tido qualquer sucesso.

Quanto à partilha parece-me que só a aceitam ou praticam, aqueles que não têm certezas absolutas. Os outros, tendem a "ensinar" ou desculpar-se! Lolololol

Quanto ao Paulo Benjamim (Sr. Anônimo... lololol), percebeu-se que foi esquecimento. No problemo!

Abraço

Nuno Paulino disse...

No que à pesca diz respeito, nada mais há a dizer pois já dissestes tudo.
Quanto ao resto fiquei triste em saber que és o responsável pela formação das bestas que nos governam. Não merecias ter essa mancha no currículo.
Mas acredito que outras influencias maléficas que não as tuas, serão as culpadas por este estado de coisas.
Por aquilo que conheço, descansa que tenho a certeza que ajudaste a educar muitos bons homens que por ai andam e o Professor Ernesto Lima irá sempre ser recordado dessa forma.
Aproveita estes anos que ai vem e goza amigo, goza.
Abraço

Nuno Paulino

Ernesto Lima disse...

Viva Nuno!

Grato pelo comentário!

Quanto ao defeito do meu currículo, posso dizer que... Ninguém é perfeito! Lol

Quanto a gozar os tempos que por aí vêm... Se me deixarem vou gozá-los sim Sr..

Abraço

Ernesto

João Martins disse...

Viva Ernesto
Sempre atrasado (eu) nos comentários, como é costume
Gostei desta entrada e da pré-pesca! Acho que alguns de nós têm a felicidade de arranjar tempo para fazer os preparativos e sonhar com as "grandes capturas" da saída seguinte, tal como relata

Quanto à história dos besugos, a minha aversão é simples de explicar:
Na minha recente e curta incursão pela embarcada tive sempre a companhia do Ernesto (tinha de ter muita sorte nalguma coisa desta vida!). A pesca dele é dirigida para espécies de outro porte e a estatística dos seus resultados não dá margem para dúvidas. Até vê-lo pescar é um espectáculo! Neste enquadramento, alguém se atira aos besugos? Sinceramente, não os trocava nem mesmo por uma boa luta com peixes que no final acabam por nos partir tudo.

Abraço
João Martins
.

Ernesto Lima disse...

Viva João!

Grato pelo comentário!

Quanto à história dos Besugos... Maus hábitos... É o que é!!! Lololol

Abraço

Ernesto

Diego SM disse...

Ola amigo, parabens pelo Blog.

Amigo estou a procura de novos parceiros para meu Blog. Pesca Evolution, antigo Portal da Pesca

Gostaria que entra-se em contato comigo ds.ma19@gmail.com
Blog - < http://pescaevolution.com

aguardo respostas

E parabens novamente pelo blog

Ernesto Lima disse...

Viva DSMA!

Grato pelo comentário e Bem Vindo à página!

Quanto à parceria, já cá está o seu link!

Abraço

Ernesto