Mais um fim de semana de pesca.
Mais uma vez sem conseguir atingir os principais objectivos que tinha em mente: fundear em profundidades onde nesta altura se podem conseguir capturas assinaláveis de bons Pargos.
O vento Leste forte não me deixou pescar lá fora e tive que me aproximar de terra onde as capturas, nesta altura do ano, sendo interessantes, não serão, na minha óptica, as mais desejadas.
O vento Leste forte não me deixou pescar lá fora e tive que me aproximar de terra onde as capturas, nesta altura do ano, sendo interessantes, não serão, na minha óptica, as mais desejadas.
Mas pesca é pesca, e, sabendo procurar, sempre se poderá dirigir a atenção para outras espécies cuja acção de pesca e qualidade gastronómica podem colmatar as tristezas decorrentes de intenções adiadas.
Assim foi no Sábado e Domingo.
No Sábado, foram uns Sargos e Parguetes, entremeados com algumas Choupas e Sarguetas de bom porte, e, no Domingo, após alteração de planos devido à "lestada", encostámos à terra ali por Norte de Sines, na zona dos peguilhos da Caracola e fomos capturando uns Parguetes, uma boa Bica e algumas Choupas e Sarguetas, com o olho na diminuição do vento, sempre com a intenção de nos afastarmos para pescar ao Besugo que calculámos estar lá para os 80 metros por fora do local onde nos encontrávamos.
No Sábado, foram uns Sargos e Parguetes, entremeados com algumas Choupas e Sarguetas de bom porte, e, no Domingo, após alteração de planos devido à "lestada", encostámos à terra ali por Norte de Sines, na zona dos peguilhos da Caracola e fomos capturando uns Parguetes, uma boa Bica e algumas Choupas e Sarguetas, com o olho na diminuição do vento, sempre com a intenção de nos afastarmos para pescar ao Besugo que calculámos estar lá para os 80 metros por fora do local onde nos encontrávamos.
Sinceramente, se estiver sózinho, não é pesca que procure. Mas eu vou muitas vezes e os meus amigos, principalmente o Albino e o Zé Beicinho, que iam a bordo, só pescam de vez em quando, e que diabo, é muito chato andarem para ali a apanhar bonés.
Não se entendam estas palavras como presunção barata, mas na pesca ao Besugo, o que mais me dá prazer é escolher o fundo, sondando até ver uma das marcações mais usuais que identificam esta espécie e dizer: "ou eu me engano muito ou tá o Besugo a montes aqui debaixo do barco".
Depois, há que fundear a embarcação mesmo em cima deles, tendo em conta o calamento e as aguagens que possam existir e, finalmente, alguns segundos após as baixadas, devidamente iscadas, terem chegado lá abaixo, começar a ver aqueles toques de ponteira abaixo e acima, seguidos de alguma espera, com o primeiro já ferrado a ver se ficam mais que um. Hei-los que vêm para dentro do barco, compondo uma linda caixa de peixe com aquela cor rosada tão do meu agrado.
Quando vou atrás desta espécie, procuro dois tipos de fundo: "brandos e sujos", essencialmente constituídos por areia e lodo, conforme o indica o eco abaixo da linha de fundo, mostrado pela sonda; e, "entralhados", ou seja, fundos mistos de areia e pedra rasa com alguma extensão, com ou sem pedra alta por perto.
As marcações oferecidas pela sonda relativamente ao tipo de fundos, poderão descrever-se da seguinte forma:
- Em fundos "brandos e sujos", numa sonda a preto e branco, o eco por baixo da linha de fundo é mínimo, apresentando uma linha escura de pouca espessura que será aqui e ali salpicada de zonas um pouco mais altas ou com aspecto rugoso, caso este fundo tenha alguma riqueza de vida, ou, no caso de uma sonda a cores, este mesmo fundo, será representado também por uma linha e eco pouco espessos, com variações de cor entre o azul e os vermelhos desmaiados, caso a sonda esteja configurada para estas cores, significando os azuis os ecos mais fracos e os vermelhos os mais fortes.
- Em fundos "entralhados", as rugosidades e os ecos da linha de fundo, apresentam uma marcação com maior variação de espessuras na sonda a preto e branco e, na sonda a cores,uma maior variação da intensidade dos coloridos, sendo as zonas mais ricas do "entralhado" representadas por amarelos, laranjas ou até vermelhos, e, as mais pobres, por azuis e verdes claros.
Em ambos os casos, não se verificam grandes variações de profundidade.
Acontece, por vezes, estes tipos de fundo situarem-se numa encosta (cetomba) mais ou menos pronunciada. Tenho obtido bons resultados quando fundeio o barco um pouco acima do início destas encostas, no entanto, isso terá a ver com a sensibilidade de cada um relativamente à forma como se apresenta o fundo e a resultados anteriormente verificados.
Quanto às marcações que indicam a presença de Besugos, os resultados obtidos indicam três tipos:
- Em fundos "brandos e sujos", pequenos pontos aglomerados junto ao fundo, na sonda a preto e branco; e, tracinhos verticais minúsculos e separados, de cor azul, na sonda a cores.
- Em fundos "entralhados", acontecem normalmente dois tipos de marcação que na sonda a preto e branco são representados, num dos casos, por pontos separados logo a cima do início de cada zona mais rica ou por um aglomerado compacto de pontos completamente encostado no mesmo tipo de zonas. Na sonda a cores, estas duas marcações apresentam-se respectivamente, como pontos azuis separados ou na forma de uma bola compacta que do exterior para o interior vai colorida de amarelo, laranja e por vezes vermelho.
Falando de profundidades, já fiz boas pescas entre os 22 e os 130 metros, se bem que os fundos mais produtivos parecem situar-se entre os 40 e os 90.
Dos resultados obtidos pode ainda referir-se que, caso sejam poucos pescadores a bordo, é aconselhável engodar, ao fundo, nos fundos "brandos sujos", não parecendo ser o mesmo necessário nos entralhados, principalmente quando a marcação é do tipo bola compacta. Neste caso, acontece muitas vezes sairmos do pesqueiro sem que o peixe tenha deixado de picar e ser ferrado continuamente, o que aconteceu este fim de semana.
Quanto às iscas a utilizar, convém ter alguma variedade a bordo, essencialmente para o início da acção de pesca, porque após os Besugos começarem a comer a sério, o que for para baixo "morre"!
É uma questão de tempo.
Já por várias vezes isso me aconteceu, em Sines, em Lagos, no Espichel, em Setúbal e até em Vila Real de Santo António.
Este fim de semana, por exemplo, foi camarão, cavala do dia anterior, bomboca e lula. Iam a todas e só conseguiam roubar, sem ficarem presos, a bomboca.
É uma questão de tempo.
Já por várias vezes isso me aconteceu, em Sines, em Lagos, no Espichel, em Setúbal e até em Vila Real de Santo António.
Este fim de semana, por exemplo, foi camarão, cavala do dia anterior, bomboca e lula. Iam a todas e só conseguiam roubar, sem ficarem presos, a bomboca.
Sobre a questão da engodagem e depois do que li numa revista de pesca nacional, do mês passado, sinto necessidade de falar sobre o assunto no que respeita à pesca em embarcação fundeada, o que farei em próxima conversa. Comigo próprio claro... já que os leitores, por aqui, falam pouco.
Quanto às montagens, acho que dá para ver qualquer coisa na foto acima!?
Até à próxima.
Até à próxima.
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