terça-feira, 30 de outubro de 2007

Zagaia a dar nas vistas "Domingo 1"! - 21/Out/07


Chegou o Domingo!

A Sexta Feira foi agitada. Trabalho de manhã, viagem para Sines, preparação do barco e pesca até à noite!

O Sábado, teve hora marcada para as 7.30 e o dia foi comprido; quase 12.00 horas de pesca, com pouco peixe e muito mudar de sítio!

Domingo, estava decidido, quem viesse comigo, podia já pensar em esquecer marcações de horas matutinas e coisas desse género, assim como, pensar em pescar até ao cair da noite!

Coisa higiénica precisa-se! Sair tarde, voltar cedo e com pouco ou nenhum peixe, mas, se vier que se veja! O plano estava feito! O Zeca e o Zé Beicinho aderiram e diga-se, em boa hora! Principalmente o Zé Beicinho! Já vão ver porquê!

Saímos pelas 11.00 horas, depois de uma noite descansada e um pequeno almoço farto, não sem antes ter preparado as amostras e as canas a serem utilizadas!

Chegámos à zona de pesca e iniciei a sondagem de fundo, apercebendo-me de que os pontões e as embeiradas que procurávamos, estavam cheios de comedia agarrada e alvorada relativamente ao fundo, estando assim assegurados, bons sinais para o tipo de pesca a que vinhamos!

Como habitual, limpei os traços de rumos já feitos no ecran do GPS e, enquanto aguardei pelo traçado da deriva, fui preparando a minha cana para trabalhar na vertical e a cana a utilizar ora pelo Zeca, ora pelo Zé Beicinho, com uma montagem para trabalhar bem com a deriva do barco, tipo corrico de fundo, não obrigando a grandes movimentos, já que, estes meus amigos, estão a iniciar-se nestas lides.

Assim, eu Zagaiáva com a amostra de trabalho vertical, um dos meus amigos, à vez, trabalhava com a cana que derivava ao fundo, e, o que estava livre, ia observando a sonda e dando indicações sobre as variações de altura e o peixe indicados por esta.

A azáfama iniciou-se e ao cabo de +/- uma hora, eis que me entra o primeiro Pargo! Após subida e descida com linha parada, ferro com violência e entra um Pargo com quase dois quilos! Aquele que figura na foto acima!

O entusiasmo instala-se e inicia-se a deslocação do barco para mais uma passagem! E vá de Zagaiar vertical e vá de corricar com a amostra de fundo, uma, duas vezes! Até que o Zé Beicinho, sente a linha ficar leve e levanta a pesca, parecendo esta ficar arrochada, mas não! É um peixe! E é bom! Ele luta e quer tirá-lo rápido, tentando dar ao carreto! Eu digo-lhe para ter calma e deixar o peixe cansar-se! Ele assim faz! O peixe leva linha e ele deixa! O peixe afrouxa e ele puxa! Até que chega cá acima um vulto castanho! Parece um Mero! É de facto um serranídeo que pesou 4,800kgs! Mas, inclino-me mais para que seja o que os brasileiros chamam badejo, embora, para o qual não encontre nome equivalente em Português, já que o Badejo, para nós, é parecido com o bacalhau! Também não me parece Mero! Falta-lhe cabeça e barbatanas, para além da cor! Não sei! Alguém que leia e me tire esta dúvida.

Enquanto festejamos, e fotografamos, não nos apercebemos que um barco com quatro pescadores que nos viu tirar o peixe, vem de mansinho e larga ferro precisamente em cima do bico onde estávamos a fazer a deriva! Para quê? Com as técnicas e isca que vão utilizar, dificilmente apanharão melhor que uma Sagueta ou outra, Cavalas, Andorinhas...; enfim, o mar é de todos e sonhar é bom! Pena é, andarem atrás de outros em vez de tentarem perceber o mar, o peixe, a pesca...! Mas, é assim! há muito mar e nós não nos importamos de procurar!

Vamos para a próxima entrada onde vos mostro o Zé Beicinho com o tal Serranídeo e acabo a estória!

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