domingo, 12 de abril de 2009

Manutenção de barco também faz parte!


Não é um peixe! Não é um OVNI!

Se olharem com atenção, vão reparar que é o casco dum barco... Daquele barco!

Estão a ver? Aquele onde, de vez em quando, se pescam uns peixitos que costumam fazer as minhas e penso que também as vossas alegrias o que ultimamente não tem sido o caso.
Já devem estar a bufar por virem aqui às Segundas e outras feiras sem que nada de novo se escreva no local, mas os tempos não têm corrido como se quer, antes como se pode.
Ora, pensando alto, o que tem acontecido?

Abreviando... Os trabalhos e torneios de final de 2.º Período, com todas as tarefas de campo e de bastidores a que sempre obrigam, ocuparam-me o tempo muito para além do aceitável. O clima tem estado incerto e ventoso assim como a pesca. A minha máquina fotográfica, não sei como nem porquê, desapareceu misteriosamente deixando-me em espera no que respeita às fotos que costumo colocar por aqui e, finalmente, chegou a interrupção de aulas da Páscoa, altura que dedico a fazer a manutenção anual do meu barquito, entre outras tarefas de casa, escola e claro, altura também para passar uns dias com a família como não poderia deixar de ser.

O conjunto de factores apontado, contribuíu para a maior interrupção neste diálogo que convosco mantenho desde que vos abri esta "janela"!

O que posso dizer?

"Quem dá o que tem... A mais não é obrigado"!

Não tenho muito!

Para além da pesca do passado Domingo, com o Zé Beicinho e o Zeca que deu uns quantos Parguetes mal-grado as tentativas e insistências habituais na procura de exemplares maiores, é sobre a manutenção do barco que vos vou falar. Não de forma exaustiva, mas muito para vos deixar alguns cuidados e alguma conversa relacionada com os elementos que rodeiam a pesca, sendo o barco um entre os muitos a considerar.
Vamos para o mar com todos os cuidados possíveis no que á pesca diz respeito mas, muito importante, não podemos nunca negligenciar o meio de transporte que nos permite usufruir dela... o nosso barco!

Dependendo das características, tamanho, tipo de motor, tipo de transmissão, se o tiramos cada vez que vai ao mar, se fica sempre dentro de água... Verdade é que existem um conjunto de cuidados que sempre devemos ter em atenção com o nosso barco em paralelo ou, senão mesmo, antes de pensarmos na pesca.

Não vos vou falar de uma listagem enorme sobre a qual li, mas sim de muito do que faço, ouvido por aqui e por ali, testado e certamente decorrente de uma relação intensa com o barco, a qual obriga a um conhecimento e um sentir de trabalho, barulhos, andamentos e sei lá mais quê, desenvolvidos através do relacionamento contínuo com este elemento crucial da pesca que faço.

O MAKAIRA é uma embarcação de 7,35 mts de comprimento, 2,88 de boca (largura máxima) que vive continuamente no mar onde se move através de um motor dentro de borda, cuja transmissão se efectua por linha de veio, conforme se pode ver na foto seguinte.

Pode também ver-se que está todo bonito, pintadinho de azul, não tendo sido possível tirar fotos de todo o processo devido à falta da tal máquina fotográfica que desapareceu misteriosamente.

Não fora o meu amigo João Martins que se prestou a tirar estas fotos e tinha de contar tudo sem poder ilustrar alguns dos trabalhos.

Portanto, o MAKAIRA, por viver no mar necessita de cuidados com o seu casco que não deverão exceder períodos de um ano, obrigando a verificações, limpezas de casco e pinturas que assegurem o bom estado da unidade.

Independente de andar mais ou menos, o casco tem de ser limpo, assim como o hélice, o leme, o transdutor da sonda, a tomada de água da refrigeração... Tudo isto porque a água do mar limita a duração de todos os protectores, deixa passar correntes eléctricas que tudo desfazem, obrigando à utilização de "zincos" e a um sem número de cuidados que devem ser mantidos ou pelo menos verificados em períodos nunca superiores a um ano.
As verificações, substituções, arranjos, pinturas... Obrigam a retirar o barco da água, constituíndo no seu conjunto, um processo moroso, trabalhoso e com algum dispêndio de dinheiro que poderá ser substancialmente diminuído se o proprietário meter mãos à obra em vez de entregar a um profissional que, na maioria dos casos, se pagará a condizer com tais trabalhos.

Considerando o referido, algum conhecimento deveremos ter antes que deitemos mãos a tais empreendimentos. Sobre tal, algo fui aprendendo, fruto do que me foram dizendo, do que fui lendo e da experiência que fui obtendo nestes sete anos em que tenho tratado deste barquito.

Em termos de resultados, pode dizer-se que em nenhum ano veio muito sujo, cheio de algas penduradas, cracas e mexilhões ou com bocados de tinta a saltar. Portanto pode dizer-se que entre algum saber, boa tinta e cuidado no trabalho feito, a coisa parece ter sido bem conduzida.

O processo inicia-se reunindo as ferramentas e adquirindo o material necessário.

No conjunto de ferramentas e tendo em conta o tipo de apoios em que o barco vai ficar colocado, importa ter à mão uma máquina de lavagem à pressão, um martelo, uma chave inglesa, uma navalha bem afiada, uma chave de fenda, uma ou duas espátulas de pintura com tamanhos diferentes, um cabo e uns três rolos pequenos (+/- 12cm) para pintura, um pincel ou dois e luvas plásticas daquelas mais baratas.

Quanto ao material a adquirir, não podemos esquecer a tinta antivegetativa de boa qualidade, igual à anterior porque caso contrário poderemos ser obrigados a lixar todo o casco até ao "osso", coisa que se terá um dia que fazer, mas não já. A lixa fina de madeira e os zincos novos serão algo que será imperdoável esquecer, assim como uns panos velhos para limpezas várias. A tudo isto deve juntar-se diluente apropriado para a tinta em uso, principalmente para a retirar das mãos após pintura e acetona industrial para pequenas limpezas na zona do casco extra pintura. Não esquecer que quer as mãos quer o casco deverão ser lavados com água logo após serem limpos com os liquidos referidos.

Com todo o material a postos há que marcar a subida do barco e, em função, da forma como o vamos apoiar e/ou transportar para o local de trabalho, há que estabelecer todos os contactos necessários para que o pouco tempo que teremos para dedicar a esta tarefa seja aproveitado ao minuto.
Clima seco, com algum calor e sem demasiado vento será o ideal para a tarefa, embora me pareça que já será pedir demais.
Com tudo em andamento, eis senão quando, subimos o barco tendo o cuidado de, antes da colocação no atrelado ou em cima de blocos, lavar as algas e retirar os organismos que se colaram ao casco nas zonas que vão ficar apoiadas para que as mesmas possam secar.

A partir do momento em que o barco se encontra seguro no seu leito a seco, deve iniciar-se a lavagem à pressão de todo o casco, destinando-se esta a eliminar alguma da velha tinta e as pequenas e finas algas que normalmente vêm agarradas e que, na gíria, há quem denomine por "nata", sendo preferível fazê-lo enquanto não seca por ser mais fácil a remoção.

Terminada a tarefa anterior, verifica-se normalmente que algumas cracas minúsculas se mantêm agarradas em certas zonas do casco e outras maiores, teimosamente, ficam incrustadas nas zonas menos móveis do leme, no hélice junto ao veio, no próprio veio e naquela haste que o suporta.
A nossa tendência, caso ainda tenhamos luz após todos os trabalhos já referidos, é tentar retirar tudo aquilo de imediato, o que não se revela grande opção, pois se as deixarmos ficar por lá até ao dia seguinte, de preferência apanhando algum sol, serão mais fáceis de remover.

Então, terminada a lavagem do casco à pressão, o que fazer?

Devemos nesta altura preparar e/ou realizar outros trabalhos de manutenção que sempre aparecem, como colagens de borrachas que o tempo estragou, eliminação dos restos de zincos, mudança de retentores da cana de leme... Tanta coisa que sempre aparece e que podemos fazer, enquanto damos um tempo precioso de secagem ao casco após um ano de permanência na água, secagem essa que, após terminada, nos revelará qualquer problema que o casco eventualmente possa ter.

A tudo isto se seguirão o jantar e um sono reparador das "dorzitas" derivadas das posições a que não estamos habituados e a que não nos habituaremos nestes poucos dias de trabalho completamente estranho à maioria dos nossos organismos amadores destas andaças.

Chega o segundo dia e a preparação para a pintura deve ser cuidada, calma e sem pressas, tanto pelo rigor quanto por permitir que o casco tenha maior tempo de secagem.
Durante a preparação para a pintura, três cuidados deverão orientar todas as tarefas:

1. Não deixar qualquer tinta velha, algas ou outro organismo vivo agarrados, interferindo com a pintura ou o andamento do barco.
2. Retirar as cracas maiores e mais pequenas com espátula e alisar todas as zonas que se apresentem rugosas ou irregulares, lixando-as com o cuidado de não chegar à fibra e evitando retirar tinta que ainda se poderá manter como camada protectora do casco.
3. Fazer uma observação pormenorizada de todo o casco e dos elementos de direcção e propulsão à vista, no sentido de detectar falhas, fissuras ou quaisquer outros defeitos que o tempo e a água salgada possam ter originado.

Terminada esta tarefa, o casco deverá ser outra vez completamente lavado à pressão com o único objectivo de remover o pó e outras sujidades que ficaram das lixadelas/raspadelas anteriores, lavagem esta que carecerá também de um tempo de secagem que aproveitaremos para colocar os zincos novos conforme as necessidades de cada barco. Para o MAKAIRA temos o par do leme...
E o zinco do veio do hélice!

Neste caso, devido às rotações em sentidos diferentes a que está sujeito e por ser aparafusado no sentido de uma das rotações, costumo desengordurar o parafuso, a rosca fêmea e o próprio zinco, aplicando cola de sikaflex na rosca do parafuso e no buraco exterior, conseguindo assim que não salte antes de estar consumido o que se verificou ser positivo, pois mantém-se agarrado e em acção entre manutenções, coisa que antes não acontecia.

A preparação para a pintura não ficaria completa sem isolar com fita adequada a linha limite entre a zona a pintar e o casco, assim como o zinco do leme, para que a tinta não interfira com o trabalho deste.

O segundo dia está completo! Há que tratar do pintor porque amanhã há mais!

Chega o momento da pintura, acorda-se e antes de ir tomar o pequeno almoço, agarra-se num pano limpo, humedece-se e escorre-se, limpando-se em seguida todo o casco com uma só passagem, no sentido de eliminar alguns pós que desde a última lavagem se tenham depositado. A seguir ingerem-se algumas calorias e reiniciam-se os trabalhos.

Mexe-se a tinta, deita-se uma porção abundante no tabuleiro para rolo, molha-se e escorregue-se este, iniciando-se a aplicação que deve ser generosa, sem escorridos, mas evitando esticar muito a tinta.

Uma primeira aplicação em todo o casco e duas nas zonas mais trabalhadoras ou onde bate a luz do sol, têm sido suficientes para manter a obra viva em condições, não parecendo haver razão para alterações nesta área. Entre as aplicações deverá ser respeitado o tempo de espera indicado pelo fabricante da tinta, implicando em termos de tempo que a primeira seja dada já com o sol da manhã alto e a segunda ainda com o sol forte da tarde do mesmo dia ou até no dia seguinte se for caso disso. Para mim e para o MAKAIRA a coisa resolveu-se num dia, inclusivé com a remoção da fita isoladora da pintura e com a constatação do trabalho grosso terminado. Isto porque ainda faltava a pintura das zonas apoiadas, já com o barco elevado na grua, antes de tornar ao seu meio preferencial. Mas isso seria no dia seguinte... Este, quanto a trabalhos, estava encerrado. O corpo já pedia banho, jantar, alguma conversa e descanso.

Chegam o último dia e os trabalhos finais! Há que rebocar o barco para a zona de actuação da grua previamente acordada em horas e apoio de marinheiro, mas antes... Há que preparar rolo novo, luvas plásticas, lixa, chave de fenda para abrir a lata de tinta e espátula para poder raspar algo que não se tenha visto nas zonas de apoio do barco. Tudo isto para que se demore o mínimo de tempo com o barco pendurado, enquanto se tratam as zonas que ficaram tapadas durante o trabalho anterior.

Aqui está uma delas!

Estão a ver aquele rectângulo mais claro, quase perfeito que corresponde ao tamanho de uma das bases que sustentou o "animal"... O trabalho que se segue é um exemplo do que foi feito em todo o casco, com a diferença de que a lavagem, após limpeza dos pós criados pelas raspadelas/lixadelas, será feita com pano húmido em vez da máquina de pressão, muito devido aos pequenos espaços a tratar e à eliminação de maiores tempos de secagem antes da aplicação da tinta.

Resumindo, inicia-se a passagem da lixa como demonstrado acima pelo "artista", depois a limpeza com o tal pano húmido em todas as zonas em que o barco esteve suportado, seguindo-se a pintura tal e qual como foi aplicada anteriormente a todo o casco, também aqui em baixo demonstrada pelo mesmo "actor", o tal que, à falta de pesca, vem para aqui maçar-vos com estes pormenores mais ou menos sensaborões.

Eu sei! As luvas não têm aquele ar másculo que deviam, mas foi o que se arranjou... Aquela tinta até obriga a cortar unhas em vez de as lavar. Mas elas já estão curtas, por isso teve de ser.

E pronto! Finalmente o trabalho chegou ao fim! Agora é deixar a última aplicação secar e barco para a água!
Aí vai ele!

Esta é a tal parte em que, por muito boas que a grua, a cruzeta e as cintas que suportam o nosso barco possam parecer, sempre temos um pequeno aperto aqui junto ao coração... Não sei se entendem porquê?
Um barco que esteve em seco, sempre que tenha sido alvo de reposições de retentores ou, no caso desta transmissão por linha de veios, deverá ser verificado quanto a possíveis entradas de água e tendo o retentor que isola o veio da água em borracha, deveremos pressioná-lo até que passe água salgada para que tenhamos a certeza que esta estará onde deve estar e cumpra a sua acção de lubrificação em movimento.
Também nesta área o "trabalhador" em questão, sem olhar a meios, demonstra tais cuidados, introduzindo-se em buracos esconsos e fazendo o que lhe compete!
Tudo a postos e é hora do MAKAIRA, todo bonito e a "abanar-se", percorrer o espaço que o separa do seu cais de atraque, onde sossegará até que o clima e o fulano que o costuma conduzir lhe permitam mostrar as suas reais capacidades na procura e captura de pescado à séria.

Contabilizando tempo despendido depois da preparação e aquisição de materiais e das combinações para levantar o barco, vejamos:

- Um dia para subir o barco, lavar o casco e iniciar a secagem.
- Um dia para preparar para a pintura.
- Um dia para pintar, com duas aplicações
- Uma manhã para retoques finais.
Para uns pode ser rápido e para outros lento, mas o certo é que, menos que o apontado, penso que será pouco, principalmente no que respeita ao tempo de secagem que deve ser dado quer ao casco quer às aplicações de tinta.
Quanto a esforço, não acho que seja algo que mate... O problema tem mais a ver com as posições e esforços a que possamos não estar habituados, de resto a coisa até se faz bem.
Claro que se todas estas tarefas forem realizadas com calma e olhando à volta, a coisa corre melhor!
As refeições, os amigos ou curiosos que sempre vêm à conversa, os intervalos de secagem que para além de permitirem outros trabalhos, possibilitam tomar um copo com quem apareça e trocar umas impressões sobre tudo e sobre nada, enfim... Todos estes factores, tidos em conta, poderão transformar um trabalho relativamente chato num conjunto de relacionamentos com todos e tudo o que nos rodeia.
Pode até dizer-se que não havendo hipóteses de pescar, temos aqui uma boa substituição, dependendo sempre da forma como a consigamos encarar.
Espero bem que a pesca esteja para breve, caso contrário com tanto amor à pintura, estão a ver o meu fim, não é?
Não devo terminar esta entrada sem agradecer ao meu Amigo António Júlio, cá de Setúbal, que me ajudou na primeira pintura do casco em novo e a quem agradeço sinceramente muitos dos ensinamentos que me permitiram continuar a manter o casco da embarcação.
Sem mais por hoje, uma boa noite a todos os leitotores.

8 comentários:

Anónimo disse...

Amigo Ernesto, muito obrigado por mais uma aula do melhor que há. Sinceramente, nunca niguém me tinha falado nestes assuntos de forma tão prática, simples e explícita. Um assunto que não é pesca (de forma directa), mas que faz parte de muitos pescadores e de extrema importância, para as quais quem, como eu, começa poucas ou nenhumas ajudas tem. Obrigado pelos ensinamentos.
João Carlos Silva

Bruno disse...

ora viva andava desaparecido, mas andou ocupado lol
deixa estar que nao foi o unico a manter os pezinhos em doca seca pois o tempo nao permitiu uma saida, mas deixa o acalmar e elas as saidas acontecerao.
Em relaçao texto não é de pesca mas tem a ver com isso, da mesma forma que fazemos a manutençao das canas e carretos tambem devemos fazer a manutençao do barco.
Agora que estamos apenas a espera de uma calma para podermos ter uma conversa com alguns peixes (deixa-os engordar eheheh) sabe bem relembrar outras tarefas nao menos importantes mas que contribuem e muito para uma jornada satisfatoria.
um abraço

Anónimo disse...

Viva!

Para quem precise, mais uma aula a reter. Está cá tudo, é só seguir os passos.

Com que então a dar uma de "operário", mas olha que levas jeito, o trabalho final ficou com muito bom aspecto. O gozo vem a seguir, quando olhares para o GPS e vires lá aqueles "nozitos" a mais e o comportamento consolidado do casco. Até parece nada ter a ver com pesca, mas não só tem a ver como faz parte da vida de um marinheiro...Vendo o teu barco sempre com aspecto de saida de estaleiro, constata-se o zelo que lhe dispensas.

Agora que a parte pesada da "coisa" está feita é só aguardar pelas novas aventuras do Makaira.

Aquele abraço!

Mário Baptista

Daniel Pedro Silva disse...

Boa noite Ernesto

Folgo em saber que tudo esta bem com o Casco do Makaira. mais ainda que o dono ainda o deixou melhor.

A pesca está mau para todos, mas sempre vai dando para irmos verificando umas coisitas e implementando umas melhorias.

por aqui foi o atrelado que foi todo revisto, tambem não ficou mau embora não tenha ficado como queria. Fica para a proxima revisão.

A boa noticia por cá, é que já temos Grua de novo, a má é que vem ai cotas adicionais! Não se pode ter tudo.

Dizia a minha avo que "quem corre por gosto não cansa", e o ernesto confirma que tambem não mata.

Venham dai esses dias com as ponteiras dobradas, sol e mar para nos animar mais um BOM bocado.

Um abraço para o Mestre

Paulo karva disse...

Viva Ernesto, mestre pescador e marinheiro. Excelente artigo este sobre a manutenção do Makaira, "Vê-se" o carinho e a dedicação com que tratas o teu "Menino".

Já estava com algumas saudades de vir aqui beber um copo. LOL

Abraço
Paulo karva

Ernesto Lima disse...

Viva Pessoal!

Grato pelos comentários!

É assim... À falta de pesca outros assuntos com ela relacionados nos permitem conversar.

A manutenção do barco é sem dúvida importante e, como diz o Mário, nota-se a diferença quer no andamento quer no gasto de combustível, principalmente em deslocações mais longas.

Esperemos que o clima, o tempo disponível, o consequente entusiasmo... Permitam dar uso ao material!

Abraço a todos

Nuno João Ribeiro disse...

Boas meu caro.

Gostei de ver a aula prática de manutenção a um casco. Parecia que estava lá, mas neste caso só bebei a bejeca, porque nem uma palha mexi ;).
Uma coisa que me fez alguma confusão foi teres de fazer as "emendas" de pintura da zona dos apoios com o barco suspenso em cintas contigo debaixo "dele".
Se fosse o barco do Daniel ainda a coisa não me assustava tanto (embora deva pisar bem os calos se cai em cima de alguém), mas o Makaira é menino com um peso considerável para esse esquema.
Não me leves a mal, sei que fazes tudo com muita segurança e atenção, mas não há maneira de deslocar o barco em cima dos apoios (50 cm mais á frente ou atrás) para concluires a pintura toda sem teres de suspender o barco??.

PS: Não vale dizer que tens reflexos rápidos e que nunca de pôes debaixo do casco ehehe;)

AB
Nuno

Ernesto Lima disse...

Viva Nuno!

Grato pelo comentário!

É pertinente o que referes, embora o atrelado se mantenha debaixo do barco em todo o processo.

Caso haja azar a queda supostamente será pequena embora eu possa apanhar com algum toque, mas penso que nada que possa matar!

De qualquer modo, estas coisas sempre têm alguns riscos...

Mas como costumo dizer, conduzir nas nossas estradas parece-me muito mais perigoso e é coisa que fazemos todos os dias e a toda a hora.

Para além disso... Temos de morrer de alguma maneira! A trabalhar... Com uma doença má... Prefiro levar com o meu barco! Lol

Brincadeira... Séria!

Abraço

Ernesto