quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Férias... Experiências novas... Alegrias!

As férias aproximam-se do fim! O vento tem sido uma constante, caindo agora... No final... Como não podia deixar de ser!
Enquanto o vento insistia em soprar forte em Sines, impedindo a continuação da minha pesca, a convite duns amigos, fui passar o passado fim de semana a Lagos, onde a presença do Deus Eolo se manteve. Mas, quer pela companhia dos meus amigos Necas e Graça, quer pelo convite do Carlos Glória e do Carlos Cruz para um dia de pesca grossa a bordo do "Albatroz", não poderia ter optado melhor!
Não me vou estender em grandes considerações sobre esta experiência, no entanto, tudo o que li, estudei e pratiquei sobre este tipo de pesca, está, ao momento, completamente ultrapassado a todos os níveis: amostras, montagens, processos, conceitos... Sei lá!? Tanta coisa!
Saímos de Vilamoura às 6.00 horas de Domingo, fazendo quase duas horas de viagem até à actual "Meca" Portuguesa da pesca grossa! Os Picos Hermínios!
Todo o dia se corricou procurando as condições de mar e os fundos adequados às espécies procuradas... Todo um dia, em que só um Marlim Branco desenhou um ataque que se viria a frustar, o que é habitual nesta espécie!
Foi um dia, para mim, absorvente, didático e extremamente agradável, malgrado a ausência de capturas!
Importa referir que, como em qualquer pesca a exemplares maiores, a azáfama a bordo, para manter em condições todas as "armadilhas" montadas, supera significativamente o número de capturas conseguidas que, normalmente, pela qualidade e tamanho, fazem esquecer de imediato as penas passadas!
Deixo-vos algumas imagens que, de algum modo, ilustram todo o material e consequente trabalho de montagem e manutenção em acção de pesca.
Na imagem que abre a entrada, três dos seis conjuntos em acção!
Na imagem seguinte, só as canas!

Aqui em baixo, as amostras e os excitadores em trabalho na esteira do barco, da qual não se despregam os olhos! É lá que algo pode acontecer a qualquer momento!


Por fim, quero agradecer, a todos os companheiros de jornada, a experiência proporcionada e o dia excelente que passei!

É hora de falar de outras alegrias!
Na Segunda Feira, saí de Lagos e fui visitar a minha neta, filha e genro, em férias, algures ali pelo Sudoeste Alentejano!
A gaiata "desfez-se" toda quando me viu e eu... Também! Avô babado... Direi mesmo, muito babado!
Ficámos mais um dia por lá, aproveitando, a minha mulher, a praia com filha e neta, e, cabendo-me a mim convidar o meu genro para uma pesca em Sines... Coisas de homens e tal...
Lá fomos, cedinho, com isca encomendada e pescas que já tinham sido feitas anteriormente, como se a coisa já estivesse pensada!
Fomos para o "Laura", pesqueiro assim baptizado, já que foi descoberto enquanto passeava a minha neta de barco! Aquele onde deixei fugir o último peixe! Não sei se estão lembrados! Eu não me consigo esquecer! Demasiada burrice num só dia... É coisa que não esqueço! Principalmente se a dita foi minha!
Montámos as canas! Iniciámos a azáfama do isca e desisca!
O peixe comia desalmadamente tudo o que se lá colocava! A sardinha actuava! Uns peixitos foram entrando... Parguito daqui, Choupa dacolá, mais uma Sargueta!
O Zé, meu genro, portava-se à altura e não desanimava, completamente concentrado na acção, e, a coisa deu-se!
A cana dele dobrou violentamente, não deixando margem para dúvidas sobre o interlocutor que tinha comido o anzol!
Agarrou a cana com decisão, embora denotando alguma incrudelidade sobre o que lhe estava a acontecer! Dei-lhe umas dicas em voz calma, todas no sentido de reagir conforme a luta do peixe!
A confiança dele aumentou! Compreendeu o peixe! Leu-lhe os "pensamentos"! Lutou e deixou lutar! E, finalmente, esgotou-o, trazendo-o à superfície, onde o enxalavar terminou as acções que permitiram a captura do Pargo de 5,355 kgs que se vê na imagem abaixo!

Sinto-me bem! Nas nuvens!

Num pesqueiro descoberto a passear a neta, criam-se as condições para que o pai dela, na terceira vez que pesca, tire um bicho deste tamanho, com todo o mérito, podendo mais tarde dizer: Tirei o meu primeiro Pargo grande, no pesqueiro com o nome da minha filha!

Como se isto não bastasse, um pescador que passava, homem de alguma idade, que se apercebeu da ferragem e parou para ver a luta, assim que esta terminou, aguardou que o olhássemos e tirou-nos o chapéu, ao que correspondemos com vénia! Lindo!

Parece uma novela! Mas é a verdade pura!

A vida tem coisas muito más! Mas as boas também cá andam, temos de as procurar! Umas vezes encontramos... Muitas outras, nem tanto!

Boa noite a todos os leitores!

3 comentários:

Filipecardoso disse...

Alegria pode demonstrar-se assim!!!
Nao deviam caber em vos com tanta !!!
E depois o velho anciao tirando o chapeu como gesto de todo o respeito
perante esse cenario ...Bem que se pode desejar mais???...Fantastico!

Parabens aos dois.

Abraco

FC

Anónimo disse...

Lindo de se ler.

Além de pescador de excelência, estás um poeta feito...

Quanto ao que te vai acontecendo de bom, não tenhas duvidas; É por mérito próprio!

Grande abraço Companheiro!

Mário Baptista

Anónimo disse...

Viva Ernesto
Parabéns aos dois pela pescaria. Foi curiosa a captura feita pelo teu genro pelo simbolismo que ela representa (pesqueiro "Laura"). Parece ser um belo pesqueiro esse. Ainda vais ter aí uma grande alegria.

Big Game,Humm!!! Será a tua próxima aventura?

Abraço
Paulo karva