Os dias 5 e 6 de Outubro foram de pesca, assim como o seriam o 7 e o 8, não fora o vento que apareceu no primeiro destes e o que estava previsto para o segundo que me fizeram andar mais cedo para casa, se bem que, segundo soube tarde de mais, o dia 8 até daria para pescar, mas, vá-se lá adivinhar!?
A imagem da baía de Sines, em fim de tarde de um dia de bruma, obriga qualquer amante do mar a reflectir sobre os mistérios que este alberga, mistérios estes que se propagarão às profundezas, aos grandes exemplares e a formas diversas de com eles lutar, caso o tal amante do mar seja também pescador, de preferência atento. Por tal, sentindo-me incluído na descrição; tendo combinado, com amigos seguidores de diferentes técnicas de captura, pescarias para os dois primeiros dias referidos; cedo me propus tudo observar... comportamento dos pescadores, sinais, utilização das técnicas, comportamento das baixadas e claro, o mais fácil de tudo... resultados!
Estamos portanto, perante uma reflexão sobre a utilização de duas técnicas diversas: a que costumo futilizar, ao "Fundo"; e, a "Chumbadinha"!
Ambas, como sabem, direccionadas essencialmente para o Pargo e/ou outros predadores que apareçam na zona onde se desenrole a acção de pesca.
Antes de avançar com outras suposições, reflexões ou afirmações, importa referir que, se relativamente à pesca ao "Fundo" tenho vindo a apresentar resultados que me permitem emitir opiniões fundamentadas; no que respeita à "Chumbadinha", considero-me um observador atento, principalmente pelos resultados obtidos e divulgados por outros pescadores que obviamente considero e respeito. O que aliás, entenda-se, é a minha forma de pensar e estar, face a todos os companheiros, independentemente das técnicas que utilizam e dos resultados que obtêm.
Verdade também que, após ter experimentado e observado o comportamento de baixadas na descida, assim como a forma como a isca vai sendo apresentada aos nossos interlocutores por via desta técnica, começo a considerar-me um principiante convicto na mesma; o que mais se acentuou quando tive, no passado dia 6, a oportunidade de ver dois amigos meus, com tempo de prática e resultados significativos utilizando esta técnica.
Apresentando e caracterizando, quanto ao comportamento em acção de pesca, os amigos que me acompanharam neste dois dias, temos: na pesca ao "Fundo" de dia 5, o Carlos Jorge, o Carlos Martinho e o Paulo Palma; e, na pesca à "Chumbadinha" de dia 6, o António Amorim e o Victor Coelho.
Qualquer deles, homens com muitas horas de pesca que não param, não dão tréguas, nem desistem, mesmo quando as coisas não correm de feição, na procura de exemplares maiores; o que, independentemente das técnicas utilizadas, é um factor importante no que respeita ao tempo útil de pesca, ao conhecimento dos sinais e possivelmente até aos resultados obtidos, não fora estes últimos estarem muito dependentes das condições de cada dia e de cada pesqueiro, assim como das opções, quanto à posição face ao pesqueiro, de quem fundeia o barco.
Vamos então reflectir sobre o assunto, iniciando pelos relatos sucintos e resultados obtidos nos dois dias: o primeiro, só ao "Fundo" e, o segundo, à "Chumbadinha" e ao "Fundo".
Dia 5:
Mar estanhado, pouca vaga..., elementos indicadores de mudanças de posição significativas do barco e possíveis empostas de correcção ao longo do dia. Ala para o mar e fundeio em local conhecido e já testado... uma zona de entralhados, a 50/51 metros de profundidade, ladeada por pequenos pontões entre os 46 e 48 metros.
A aguagem corria fraca para terra, os roubos de isca iniciaram-se, e, peixe de melhor qualidade só ao fim de uma hora é que deu um ar da sua graça, entrando espaçado e mantendo-nos interessados no pesqueiro que afinal acabou por não ter a produtividade ao longo do dia que, a espaços, ia prometendo, com um Pargo ou outro e umas quantas Douradas, dos quais se apresentam os melhores exemplares, como o Pargo do Paulo...
Dia 5:
Mar estanhado, pouca vaga..., elementos indicadores de mudanças de posição significativas do barco e possíveis empostas de correcção ao longo do dia. Ala para o mar e fundeio em local conhecido e já testado... uma zona de entralhados, a 50/51 metros de profundidade, ladeada por pequenos pontões entre os 46 e 48 metros.
A aguagem corria fraca para terra, os roubos de isca iniciaram-se, e, peixe de melhor qualidade só ao fim de uma hora é que deu um ar da sua graça, entrando espaçado e mantendo-nos interessados no pesqueiro que afinal acabou por não ter a produtividade ao longo do dia que, a espaços, ia prometendo, com um Pargo ou outro e umas quantas Douradas, dos quais se apresentam os melhores exemplares, como o Pargo do Paulo...
... a maior Dourada, pela mão do Carlos...
... o Pargo maior, pela mão do tal fulano do bigode!
Não se pode dizer que foi uma má pesca, antes pelo contrário, mas, quanto a exemplares de maior porte e considerando outras pescas feitas na mesma zona, pode considerar-se abaixo da média. Já no que se refere àquele vinho branco fresco e etc., são factores que sempre transformam estes dias em momentos acima da média. Mas adiante...
Na minha opinião, as causas, pura e simplesmente, poderão estar sediadas na escolha do pesqueiro, sendo possível que a força de passagem e/ou concentração de peixe, se tenha alterado para qualquer outro local ou, quem sabe, se temos utilizado outra técnica, talvez a "Chumbadinha", não se teriam conseguido outros resultados!? Não faço a mínima ideia!
Dia 6:
Outro dia de mar calmo, em que a aguagem que corria de SE para NW, deu a deriva de fundeio, obrigando a poitada pensada, tendo em conta distâncias da zona quente que permitissem pescar ao "Fundo" e à "Chumbadinha", considerando que nesta última, a isca vai cair mais longe e, dependendo das características de fundo, pareceu-me que a sondagem deveria ter isso em conta, procurando-se zona comprida com sinais de peixe, assim como sondar à volta, para perceber o que poderia acontecer caso houvesse deslocação do barco, face a alterações das condições de mar e vento.
O local encontrado, pareceu-me ideal, considerando as marcações de peixe numa beirada comprida a 58 metros, perto de um pontão de dimensões consideráveis, entre os 52 e 55 metros, sendo que à volta as quedas se situavam todas pelos 58. Estas condições permitiram fundear no início da marcação, sabendo que chumbada que caísse no fundo, entre a vertical da popa do barco e uns 70/80 metros para lá dela, sempre actuaria em zona quente. Pareceu-me bem!
As hostilidades iniciaram-se com todos a pescarmos ao "Fundo", não tardando muito para que as iscas começassem a desaparecer, indicando a actividade do pesqueiro.
A actividade mantinha-se e, quase uma hora passada, nada de peixe, só roubo. Nesta altura o Amorim e o Victor mudaram para a "Chumbadinha" e eu mantive-me a pescar ao fundo por trás deles tendo em conta o rumo da aguagem, no sentido de, por um lado, manter uma linha de engodo em direcção a esta; por outro, testar uma vez mais sobre a tendência que parece verificar-se quanto ao posicionamento face à aguagem, ou seja, normalmente quem está com as iscas em zona quente, se estiver em primeiro lugar na linha de aguagem, será o mais facilmente contemplado, desde que mantenha as iscas activas.
A verdade é que eu não tive um único toque de peixe maior, enquanto ao Amorim lhe fugiu um primeiro Pargo, o Vitor capturou um Parguinho pequeno e, passada uma meia hora, o Amorim capturou este:
É caso para dizer: valeu a espera! Pode também dizer-se que mais uma vez se verificou a tendência referida, para além do que possa ter acontecido atendendo à apresentação de isca específica da "Chumbadinha"!? Já lá vamos!
A acção de pesca continuou e o pesqueiro foi esmorecendo, assim como o barco foi rodando no lugar. Desta análise resultou a opção por mudar de pesqueiro, atendendo a que o esmorecimento deste se tinha iniciado antes da rotação do barco e também porque esta não nos chegou a tirar da zona quente. Pareceu-nos no entanto que, com a sardinha que já tinha descido e numa hora normalmente produtiva neste tipo de pesca, a diminuição de actividade parecia mais ter a ver com alterações do percurso do peixe. Isto é, outras zonas poderiam estar a interessá-los mais!?
Se assim se pensava, teria de se actuar em conformidade e com tempo para trabalhar outro pesqueiro, o que fizemos, procurando pesqueiros mais a terra, muito por resultados anteriores e também pelo aumento significativo da temperatura da água, para a época.
O GPS avisou-nos da chegada à nova zona, a sonda mostrou-nos o que parecia ser o melhor pesqueiro, outra consulta ao GPS deu-nos a indicação da deriva, fundeámos e iscas para baixo.
A aguagem que corria leve para a proa do barco, em poucos minutos diminuiu quase por completo, fazendo com que o Amorim e o Victor, mudassem da "Chumbadinha" para a pesca ao "Fundo" e alguns resultados começaram a aparecer.
Os Safios de pequeno porte subiam regularmente e eram devolvidos, intervalados com duas Douradas pequenas, um bom Sargo, um Parguito que subiu pela mão do Vitor, um Pargo de uns 4,000 kgs que saiu ao Amorim e outro um pouco mais leve que saiu ao fulano da soca...
... terminando a pesca com a apresentação dos melhores exemplares, já no porto. Os dois do Amorim e o que apanhei, pela mão do Vitor.
Uma pesca sem muito peixe, mas bonita de se ver!
E agora... o que dizer sobre estes dois dias de pesca, face a resultados e técnicas aplicadas?
Olhando os resultados, sem dúvida que o segundo dia foi mais produtivo em termos de exemplares maiores, não querendo com isto dizer que tal se possa atribuir à técnica da "Chumbadinha", senão vejamos:
O maior exemplar, foi de facto capturado com esta técnica, mas ao fim de algum tempo de pesca ao fundo, possivelmente por a iscas terem sido colocadas na zona onde o peixe, que eventualmente se deslocava em direcção às baixadas a pescar ao "Fundo", já seguia o cheiro da Sardinha e/ou as vibrações dos pequenos que as despedaçavam. Nada nos diz que este maior exemplar não acabaria nas baixadas de "Fundo", pois a iscada que o capturou já lá estava há algum tempo e ainda por cima vomitou dois raios de Polvo, acabadinhos de trincar, indicando que comia junto ao fundo. No entanto, importa referir que a "Chumbadinha" descobriu-o mais cedo, não se sabendo se até não foi mais desafiadora que qualquer outra das iscadas!?
Os outros peixes, excepto um pequeno do Vitor, foram todos capturados ao "Fundo", pelo que também não permitem ajuízar em termos de resultados. Ainda outra verdade... os pesqueiros de um dia não foram iguais ao de outro, representando mais uma variável para a confusão. Teremos então de olhar ambas as técnicas e nomeadamente a "Chumbadinha" por outras perspectivas e para além dos resultados destes dias.
Olhemos a constituição das baixadas e a forma como a isca é apresentada por cada uma delas...
Baixada de "Fundo": madre de 120 a 150 cm, com estralhos de 60 a 100 cm de comprimento, colocados em cada ponta e com um fiel, para aplicação de chumbada, com 25 a 30 cm, colocado na madre a seguir à inserção do anzol de baixo .
A chumbada, normalmente acima das 120 grs, assegurando a velocidade para chegar ao fundo, tendo em conta: a profundidade a que se pesca, o tamanho das iscadas e a existência ou não de peixe miúdo que possa consumir as iscas, antes que estas cheguem ao fundo, local onde pretendemos apresentá-las aos nossos amigos no limite da tensão da linha e do movimento do comprimento dos estralhos, esperando interessá-los essencialmente nessa área da coluna de água!?
Nota Importante: As capacidades de rotura dos monos em utilização, em ambas as baixadas, devem ter em conta não só a força dos interlocutores, como também outros desaforos a que são sujeitos, como dentes, roçadelas em pedras, ..., etc..
O tamanho dos anzóis, também para ambas as baixadas, deve adequar-se ao tamanho das iscadas e das bocas dos "bicharocos" esperados, pelo que menos de 4/0, parece-me pouco adequado.
Baixada para "Chumbadinha": Chumbada de correr movimentando-se livremente na ponteira de amortecimento e em toda a linha fora do carreto, tendo como único batente a argola ou haste do anzol que se aplicará directamente na ponta livre da referida ponteira. Isto é, na falta de foto, se agarrarmos a linha a um metro do anzol e pendurarmos, verificamos que temos uma chumbada de correr com um anzol a ela encostado, por baixo, como se de uma pequena e "estranha" zagaia se tratasse.
Parece-me que serão mais indicados para o efeito, os anzóis de argola, já que os de pata tenderão a enfiar-se no buraco da chumbada se forem sujeitos a pressão contra esta.
A chumbada deverá ter um furo que seja suficiente para deixar passar à vontade o nó de ligação entre a ponteira de amortecimento e o fio do carreto, continuando a ser suficiente para servir de batente face ao anzol.
Quanto ao peso, pois terá de variar considerando: profundidade, velocidade da aguagem, local onde se queira que a chumbada caia, quer ao fundo, quer na coluna de água acima deste; e, talvez até, o tamanho da iscada colocada.
A apresentação da isca desta baixada parece ser, na minha opinião, muito mais rica que no caso da baixada de "Fundo"... Analisemos:
Acabámos de iscar o tal anzol generosa e apelativamente, a chumbada está encostada à isca, penduramos na beira do barco e largamos, observando de imediato que a chumbada afunda com alguma rapidez na direcção da aguagem, levando linha do carreto enquanto se afasta da isca que desce muito mais lenta, afastando-se do barco com a aguagem. A chumbada chega ao fundo e a isca possivelmente e dependendo da força da aguagem e penso que do peso da chumbada, ainda paira, descendo lentamente na coluna de água e sujeita a ataques diversos ao longo desta descida. Tudo pode acontecer... ataque de peixe miúdo que certamente despertará outros interesses; ataques de outros não tão miúdos que passeiem acima do fundo e gostem de comida em movimento!?
Suponhamos que nada aconteceu entretanto e a isca chega ao fundo intacta ou com uma ou outra mordida. Certamente estará a uma dezena ou mais de metros da chumbada, bamboleando-se e despertando outros interesses de forma, quanto a mim, mais apelativa do que a permitida pelo metro de estralho da baixada que pesca ao "Fundo". Ah... também se pode lançar mais longe, depende do sentir do pescador ou do seu conhecimento sobre o que possa andar lá para onde lançou.
Eh Pá... o gajo pirou-se com a "Chumbadinha"! Dirão alguns de vós!?
Ao que respondo: nem pensar!
Não me parece que uma só forma de actuação resulte em qualquer situação e muito menos no mar. Isto porque muitos factores actuam como variáveis em cada dia, sendo o humano talvez o mais influente.
Uma coisa é certa, a forma de descida da isca e a distância da chumbada em que se pode conseguir o assentamento no fundo, considerando a enorme área explorada pela iscada, parecem-me de uma riqueza extraordinária no que se refere a "procurar", desafiar e até antecipar um ataque de peixe que já procura as nossas baixadas ao "Fundo". Portanto, há que utilizar "Fundo" e "Chumbadinha", só "Fundo" ou só "Chumbadinha", dependendo das condicionantes que se apresentem em cada dia, cada pesqueiro, cada leitura de sonda, época do ano, estado do mar e do vento, pescando a solo ou acompanhado, número de pescadores a bordo versus espaço oferecido pelo barco e até intenções destes quanto a trabalho de equipa, entre outros factores que não me lembro por agora.
Concluindo, posso dizer o seguinte:
Já tinha visto na net resultados obtidos por outros companheiros, já tinha experimentado uma ou outra vez sem grande sucesso, já tinha lido sobre o assunto; e, acabei por ver, ao vivo e a cores, em pesqueiros escolhidos por mim, com toda a intenção de conseguir algum sucesso.
Esta análise, baseia-se neste último parágrafo e em outros conhecimentos de pesca que tenho vindo a desenvolver por resultados e observação contínua, onde a "Chumbadinha" será mais uma ferramenta que quero aprender a utilizar, da melhor forma, na minha pesca.
Nesta técnica, quando chegar aos "júniores", conto por aqui o que souber, assim como outros a mim me contaram e a quem agradeço a partilha. Por agora, ainda me sinto nos "iniciados".
Entretanto e considerando que, certamente, existirão por aqui omissões e/ou más interpretações, agradeço a companheiros mais informados que intervenham, no sentido de melhorar a informação prestada.
Boa noite a todos os leitores.
18 comentários:
Boa noite companheiro, parabéns pelo relato, sempre uma delícia para quem lê. Um abraço e aguardo por mais.
Filipe.
Boa noite Ernesto, uma coisa é certa, à chumbadinha ao fundo ou com outra táctica qualquer o teu esforço é recompensado, e. Ultimamente tens obtido uns exemplares magníficos, obrigado pelo relato! Filipe
Olá Ernesto
Mais uma aula, mais uma viagem...é sempre um prazer ler as tuas reflexões e as demais aventuras.
Quanto à técnica da chumbadinha ou mais propriamente chumbadona...pergunto-me se mesma será eficaz com mar mais agitado, pois a dita cuja vai alojar-se junto ao anzol. No mesmo sentido e direcção, mesmo com mar calmo e ao exercer a tensão na linha para sentir o toque, se esta não irá também "derrapar". Questiono também se chumbadas ligeiras - 20,30 g- não produzirão melhores resultados...Deixo a questão no ar.
Um abraço
Paulo Benjamim
P.S - Finalmente o amigo Amorim deu à costa e pelos vistos não perdeu a mão.
Viva Pessoal!
A todos agradeço os comentários!
Relativamente à questão do Paulo, preferia que alguém com mais prática nesta técnica te respondesse, no entanto a ideia com que fiquei é que a chumbadinha pode ser utilizada e efectiva mesmo com mar mais agressivo, sendo que alguma aguagem lhe trará vantagens significativas, muito por afastar a isca da vertical da chumbada, permitindo que ao cair não se embarace na linha principal e ao assentar o faça afastada da chumbada.
Quanto à chumbada chegar junto do anzol, isso parece-me que virá a acontecer, mais cedo ou mais tarde, dependendo do estado do mar, do peso da chumbada face a este e do comportamento do pescador no que respeita a ir puxando a cana gradualmente.
Quanto ao sentir, penso que mesmo na descida, atendendo a que a chumbada a aguagem e a própria resistência da isca a descer face a velocidade da chumbada, sempre farão alguma tensão na linha, permitindo que o pescador atento seja capaz de sentir a maioria dos toques, decidindo pelas suas capacidades se está ou não na hora de ferrar.
Estas são análises que pecam por falta de experiência prática da coisa. Espero no entanto que alguém mais avisado te responda com outras certezas.
Abraço
Viva Paulo e Ernesto,
Em relação à "Chumbadinha" ( essa técnica inventada por Alentejanos lol ), penso que o facto de a chumbada por vezes ir embater na iscada não tem muita influência, veja-se o caso da pesca aos Sargos à chumbadinha, em que muitos engolem a iscada e por vezes com tanta sofreguidão que engolem também a "oliva" de 3,4,5 gramas, o mesmo já vi em relação aos Pargos a engolirem chumbadinhas redondas de 20 e 30 gramas juntamente com a iscada.
De qualquer das formas a existência de alguma aguagem ajuda a distanciar a iscada da chumbada, o que faz com que a iscada trabalhe mais naturalmente.
Abraço.
Luís Guerreiro
Viva Luís!
Grato pelo comentário e... sejas bem aparecido!
Abraço
Mais um belo texto e mais uns belos exemplares.
O que a pesca tem de maravilhoso é que não certezas e pode haver sempre algo que se pode melhorar quer na nossa acção quer nas técnicas de pesca e sondar e fundear, todas elas interagem com o resultado final da pesca.
Se na pesca ao fundo e da forma que o faz ja esta na classe de mestrado na chumbadinha ainda se júnior mas deve ser por pouco tempo.
Técnicas distintas e formas de trabalhar diferentes ainda não tive o prazer de ver uma pesca dessas ao vivo mas gostava de presenciar para tirar as minhas duvidas e impressões pois a minha maior duvida põe-se:
- consegues-se sentir bem o peixe ou neste caso o peixe acaba-se por ferrar para acompanhar a isca.
- é de utilizar-se quando so existe peixe no pesqueiro ou desde logo
- os tipos de fundos serão os mesmos ou terá que se ter em consideração a técnica a utilizar
Isto so para focar algumas existirão outras com certeza e ate já terá o Ernesto respondido no seu texto ainda assim reside de uma melhor explicação ou percepção de como as coisas funcionam.
Continuação de boas fotos e textos
Viva Ernesto
Uma crónica esperada para quem já o vai conhecendo
Na minha perspectiva, a ausência de casuística é em grande medida compensada com o conhecimento profundo e a sua enorme experiência na pesca ao fundo e a clara compreensão das atitudes técnicas que conformam a chumbadinha
Um tema que lhe garanto vai dar para vários jantares técnicos e mesmo uma discussão interessante num forum (se os seniores da técnica a isso se dispuserem), uma vez que na minha opinião e como já tive oportunidade de lhe dizer muitas vezes, o blogue e os respectivos comentários não são o espaço ideal para um debate técnico
Algumas questões para já:
- características da chumbada -forma, peso,... - para esta "nova" técnica (as aspas são intencionais...)?
- uma missanga batente junto ao anzol não resolve o problema da chumbada poder encravar no anzol?
- se ao que julgo a chumbada utilizada na chumbadinha deve ser mais leve que a da pesca ao fundo "clássica", não se poderão ter resultados parecidos utilizando aquela chumbada nesta última variante de pesca?
- o que significa em termos práticos uma iscada generosa e apelativa?
Por agora ficava-me por aqui
Abraço
João Martins
.
Viva João!
Grato pelo comentário!
Sobre as questões que coloca, elas são de facto importantes e passíveis de uma entrada algo longa.
Uma única questão quero abordar... a montagem da pesca ao fundo, mesmo com chumbada leve, dificilmente conseguirá a mesma apresentação, pois não há afastamento da chumbada. A única coisa que consegue, parece-me que será ir procurar o peixe mais longe, mas sempre com a isca à distância da chumbada, equivalente ao comprimento do estralho.
Abraço
Viva Bruno!
Grato pelo comentário!
Quanto às questões que colocas, parece-me poder dizer o seguinte:
Quanto ao sentir dos toques, atendendo a que existe sempre tensão na linha, mesmo quando a chumbada desce, desde que se esteja com atenção, penso que se podem sentir os toques mesmo na descida.
Quanto ao pesqueiro, quem coloca o barco, acho que deverá perceber a deriva e sondar na linha desta, de forma a poitar barco em zona quente maior ou tentar identificar até onde poderá ser colocada a isca e de tal informar os pescadores.
Quanto à utilização desta técnica logo de início ou após pesqueiro feito, pois depende... do tipo de fundo, dos sinais de sondagem e até do número de pescadores a bordo versus tamanho do barco.
Por exemplo... se forem poucos, com espaço e o fundeio se der numa zona com muita comedia, acho que se pode arriscar a Chumbadinha à cabeça e, dependendo dos sinais e resultados, manter ou alterar.
Noutros tipos de pesqueiros e/ou se houver muita gente a bordo a coisa pode complicar-se e aí certamente dependerá das opções dos pescadores a bordo e/ou até de alguma negociação para ver quem faz o quê e em que momentos.
Parece-me à cabeça, uma técnica que carece de espaço a bordo e trabalho de equipa, quer no que respeita à acção técnica, quer na preparação do pesqueiro se for caso disso.
Para já, é o que me parece, só a prática poderá trazer melhores indicações.
Abraço
Viva Ernesto,
e a todo o pessoal que é leitor assiduo deste magnifico blog, tal como eu, sempre ansioso que o nosso amigo publique mais uma das suas pescarias.
Nós lá vamos pescando alguma coisa, umas vezes mais outras menos, mas nada que nos demova da nossa missão, que é além de pescar, ter um salutar convívio na companhia de GRANDES amigos, para não falar no tal vinho branco e no moscatel, mas adiante.
Eu penso que a pesca à chumbadinha resultará melhor num mar onde o peixe miudo não abunde, para evitar que o roubo da isca seja rápido e assim esta consiga chegar ao fundo.
Um grande abraço e até à próxima que espero que seja breve.
Carlos Jorge
Viva Carlos!
Grato pelo comentário!
Sobre a questão que colocas penso que tudo depende a que altura do fundo é que estará o peixe miúdo, se também, andará por lá peixe grande e também a que altura? Entre outros factores.
Pessoalmente penso que a pesca de "Fundo" parece mais, digamos... segura; não só pelo que dela já possamos ou pensemos dominar, como até pela nossa falta de prática ao nível desta tal de "Chumbadinha".
Abraço
boas,será que chumbadas de outras formas(torpedo,amendoa marteladas ,....pintadas furadas como as redondas que penso que normalmente é o que se usa cor d chumbo.não trarão bons resultados também??penso que torpedo.tamanho de 10cm com um peso relativo a profundidade e ao gosto d pescador aguente bem aguagem,e tabalhe como uma zagaia.talvez seja melhor que a redonda na minha opiniao nessas ocasioes,pois o estreito tem tendencia a cortar+ agua.espero ter contribuido alguma coisa.desde ja os meus parabens pelas capturas,e obrigado pelo conhecimento que transmite.
Viva Sr. Anônimo!
Sobre os formatos e o tipo de chumbadas, pessoalmente acho que tudo pode funcionar desde que o furo da chumbada deixe correr o fio livremente e se mantenha com capacidade de batente à argola do anzol.
Cumprimentos
Viva Ernesto, mais uma magnífica entrada neste teu e "nosso" blog, desta vez com a particularidade de tanto para mim como para o Victor, a viagem não ter sido só virtual.
Falando da chumbadinha, não serei a pessoa mais indicada para desenvolver o tema, pois apesar dos bons resultados já obtidos, ainda me sinto acabado de saír dos iníciados e com um longo caminhada de aprendizagem pela frente. Estou plenamente de acordo com tudo o que descreves, sublinhando a importância da colocação da embarcação e a da iscada que deve ser atractiva e em constante movimento, logo, sem aguagem, torna-se pouco apelativa para os "bicharocos " que gostamos.
Estou de acordo com o João Martins (um abraço companheiro) quando diz que a chumbadinha seria um belo tema para um forum, por essa razão (e não só) em breve, estarei de novo pelo (tambem nosso) Porto de Abrigo e vou tentar levar outra personagem, que sabe bem mais do assunto do que eu, vamos ver.
Abraço
Amorim
P.S. Abraço ao Paulo Benjamim
Viva Amorim!
Grato pelo comentário!
Embora te afirmes como saído dos "iniciados", sem dúvida que a prática desta forma de pescar ao fundo, te é já familiar, tanto no que respeita à acção de pesca, como relativamente ao tipo de material usado e às formas de actuar em cada momento considerando as condições que se apresentam; pelo que a, tua e de outros, participação nestes comentários, assim como lá pelo Porto de Abrigo, é, assim como, poderá certamente ser uma mais valia!
Abraço
boa noite sr Ernesto,quero dar lhe os parabens pelos seua relatos,e so vi este ainda, estou impressionado!chamo me antonio e tenho 27 anos ,tirei a carta a pouco tempo de patrao local pois n tenho conhecimento algum de pesca, e pesqueiros sou curioso neste ramo , dei me ao trabalho de procurar um barco que tivesse os
equipamentos todos e com marcas incluidas de pesqueiros pq se n fosse assim nem um peixe apanhava, ou entao andava atraz dos outros barcos coisa que n gosto!comprei o meu barco no clube naval de setubal, pois ja estou farto de ir a pesca e pescarias boas conta se pelos dedos ,e estou a falar de peixe pequeno mas na medida e eum ou outro exemplar (pargos ) pq douradas nem vê-las,pois este ando vou a procura delas na vareda, quanto aos besugos coisa que eu gosto tantoe o maximo que apanhei num dia de pesca foi 6 pois com as marcas que tenho n dou com eles!depois de ler ,quero lhe perguntar o que quer dizer pontoes?vou ficar atento ao que escreve,pois me parece que vou apreder muito, peço lhe desculpa por isto tudo ,boa continuaçao e tudo de bom,obrigada
Viva António Pereira!
Grato pelo comentário e seja Bem Vindo aqui ao local.
Fico satisfeito pelo entusiasmo com que se está a iniciar e sobre a questão que coloca, tem aqui um outro artigo no blog que se chama: "Descodificação de Termos" e que foi escrito precisamente pelas questões como a sua, anteriormente levantadas.
Se quiser siga este link: http://aminhapesca.blogspot.com/2009/06/descodificacao-de-termos.html
Pode também ir ao pesquisador que tenho aqui na coluna da direita e colocar "descodificação de termos" que também lá chega.
Desta forma ficará melhor informado e eu escuso de me repetir, talvez até com menos qualidade.
De qualquer modo, se achar que necessita mais alguma troca de impressões sobre o assunto, disponha!
Quero ainda informá-lo que no dia 17 de Dezembro de 2011, vou apresentar e dinamizar um workshop, na Estalagem do Sado, em Setúbal precisamente sobre procura de pesqueiros, sondar e fundear; sob a égide do site www.portodeabrigo.com, que talvez lhe interesse!?
Esse Workshop, já está divulgado no fórum do site referido assim como no meu mural do Facebpck. Vai também ser divulgado aqui muito brevemente.
Abraço
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