segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Zagaia/Jigging! O nosso material e... Outros!

O mundo da pesca tem destas coisas... Principalmente quando estamos de sequeiro, fazem reflectir, optar, decidir!

A conversa prende-se com amostras e respectivas montagens dos anzóis de assistência.

Como em qualquer técnica que pratiquemos e se já o fazemos há algum tempo, com resultados mais ou menos positivos/negativos, haverá na nossa "caixa dos pirolitos" uma luta sem tréguas entre continuar a usar as amostras que já adquirimos ou avançar para aquisições contínuas de outras, supostamente mais actuais e efectivas em termos de capturas.

Quando tais dúvidas nos assolam, antes de nos atirarmos de cabeça para as aquisições, caso a carteira permita, devemos reflectir sobre o que temos, resultados já obtidos e, se possível, tentar comparar com as novidades que enchem as revistas na boca de peixes enormes e à frente de pescadores vestidos a preceito pelas marcas respectivas.

Não quero com isso dizer que as marcas não o devam fazer ou que tais pescadores e materiais não sejam mesmo muito bons. Antes que, no universo de amostras que nos mostram, muitas terão sido lealmente produzidas e testadas, outras nem tanto e, quem sabe, muitas delas poderão não se adequar à nossa pesca, aos locais onde a praticamos, às espécies que procuramos ou até à forma como as trabalhamos em determinado dia ou momento. Uma outra questão... Quem nos diz que as amostras que temos, com algumas alterações ou diversificando o tipo de animação que lhes imprimimos, não nos venham a dar alegrias insperadas!? Complicado...

Verdade se diga... Se não aparecesse nada de novo, para além de corrermos sérios riscos de nos tornarmos "cinzentos", esta reflexão não teria qualquer hipótese de chegar a ser pertinente. Por tal, tiro o meu chapéu às marcas que estudam, desenvolvem, testam e divulgam os seus materiais. Gostaria de ter tempo e dinheiro para as testar todas em diversos mares do mundo e contar-vos das verdades ou nem tanto, mas... Isso é, para mim, algo de difícil senão de impossível execução.

Às reflexões dum fim de semana sem pesca que se acabam de descrever, sucederam-se outras, relacionadas com as amostras que já possuo, onde considerei alguns resultados já obtidos e dos quais já vos tenho falado, assim como, sobre as acções de cada uma delas decorrentes de alterações e animações diversas que tenho o cuidado de testar à vista antes do uso efectivo.

Em consequência, optei por continuar a usar as amostras que tenho, decidindo-me a montar as suplentes que ainda não estavam montadas ou cuja montagem, por razões diversas, me pareciam pouco satisfatórias e, também, a alterar outras no sentido de as aproximar daquilo que me parece pretenderem algumas das novidades do mercado que, eventualmente, se terão baseado em alterações já tentadas com sucesso por aqueles pescadores que andam, lá no mar, procurando continuamente a "verdade".

As montagens que vos apresentarei e que tentarei descrever, fundamentam-se em leituras de autores que sabem muito mais disto do que eu, em pescas feitas por amigos que conheço e que poderiam ter um blog muito mais rico de capturas, em alguns resultados obtidos pessoalmente e divulgados neste lugar, assim como, em algumas suposições que certamente carecem de teste.

Então vamos lá falar de comportamentos, cores, opções, opiniões, suposições e... Outras questões...

Relativamente a comportamentos, vamos reflectir sobre que tipos de situações poderão determinar o ataque de um predador, no sentido de tentarmos aferir que movimentos e consequentes animações poderemos imprimir às nossas amostras, considerando a relação animação/reacção de cada uma delas, por sua vez, determinada pelo respectivo formato, simples ou modificado.

Do que se lê e se vê sobre a vida selvagem, salvo as habituais excepções, pode entender-se que os ataques de predadores decorrem essencialmente do factor alimentação. No entanto, qualquer deles que esteja em pleno cortejamento, acto sexual ou cujo território seja invadido, certamente atacará quem quer que o incomode mesmo que, neste último caso, o alvo do ataque não seja habitual na sua dieta.

Considerando a última análise pode dizer-se que, se enquanto alimento, a presa despertará o ataque por via do movimento e/ou côr, quando invasora de "privacidade" estará tramada à chegada. Claro que os anzóis da amostra imitadora não respeitam as razões do ataque sendo que o predador incomodado poderá ser capturado independentemente delas e nós enganados, pensando que a animação imprimida funcionou muito bem num local em que a sonda nem mostrava muita comedia.

Das hipóteses de ataque referidas, é certamente a relacionada com alimentação que melhores condições de detecção do pesqueiro poderá oferecer ao pescador. Este, com a ajuda da carta de pesca, dicas de outros e trabalho de sondagem, procurará locais cujas características de fundo tendam à concentração de comedia e, consequentemente, de predadores interessados. Fundos com paredes ou pontões altos apresentam, entre outros, características preferenciais por reterem pequenos organismos que se elevam através de correntes ascendentes, alimentando os pequenos peixes de cardume ou outros habitantes das paredes, por sua vez, alimento daqueles que procuramos.

A descoberta da comedia será portanto um factor essencial na eleição do pesqueiro onde actuaremos, colocando-se então outra questão: como animar a nossa amostra para que um determinado predador a escolha entre tanta comida viva e habitual que por ali está?

Vamos nesta altura socorrer-nos de um conjunto de conhecimentos largamente divulgados na literatura e documentários televisivos ao nosso dispôr que, relacionados com a selecção natural e com a tendência animal para o máximo consumo de calorias ingeridas para um mínimo de esforço dispendido, indicam que um predador atacará preferencialmente um animal que se comporte indiciando doença ou incapacidade e que uma fuga próxima do alvo supostamente doente poderá maximizar a rapidez e agressividade com que o ataque se despolete.

As animações, tendo em conta a análise supra, deverão ser feitas de forma a que a nossa amostra imite o tal peixe em dificuldades, através de movimentos de subidas e descidas curtas que promovam posicionamentos pouco usuais num peixe, intervalados de fugas repentinas com paragens abruptas, sem qualquer tipo de regularidade de acção em todo este processo e em qualquer patamar da coluna de água. De preferência onde a sonda nos indique que está a comedia ou em cada subida para mudança de amostra, deriva ou pesqueiro. Nunca poderemos estar certos se ela vem ou não perseguida por um qualquer predador, como já me aconteceu com um Robalo que veio dos 50 metros, atacando a amostra por volta dos 15, sem que nada o fizesse esperar.

E o papel da côr... Qual será?

A maioria dos escritos sobre escolha da côr, tendem a defender, para além das amostras parecidas com peixes, o uso de amostras de côr clara, em águas e dias claros; de côr escura, em águas e dias tapados; e outras, em dias em que nada funciona. Resumindo, tudo indica podermos iniciar com uma determinada côr tendo em conta as regras mas só a experimentação, em dadas condições, nos poderá trazer a "luz".

Sobre este assunto lembro-me de dois exemplos que poderão fazer-nos pensar sobre as regras normalmente aplicadas à escolha da côr, vejamos:

Na última entrada, mostrei-vos dois Robalos capturados no espaço de +/- 30 minutos, na mesma profundidade, local e, à vista desarmada, em condições idênticas de claridade água/ar.

O primeiro foi capturado com aquela amostra velhota, cinzenta e artilhada com um polvinho do amarelo para o laranja, escolhida pensando nas regras; o segundo, com a Sea Rock côr de rosa, escolhida porque a primeira entretanto não capturou e, por experiências passadas em que já tinha resultado quer com Robalos quer com Pargos quando outras não funcionaram. Porquê? Talvez o movimento tenha sido factor determinante... Não sei ao certo.

Como segundo exemplo, lembro-me de um mergulho de garrafas que fiz há uns anos, na "Barca das 19", um cargueiro de carvão do tempo da II Guerra Mundial, afundado a 30 metros, ao largo da Praia do Barranco... Ali entre Sagres e a Praia da Ingrina. Iniciámos o mergulho com a água visivelmente tapada à superfície e, durante os primeiros 15 metros, sem perspectivas de um mergulho com visibilidade. De repente, ao passar os 15 metros, conseguimos vislumbrar a totalidade do barco, com uma visibilidade impensável para o local, o dia e as nossas águas.

Ora, caso estivéssemos à superfície pensando em zagaiar, atendendo ao que víamos e cumprindo as regras, teríamos talvez escolhido uma amostra escura!

Fica a pergunta... Teria funcionado?

Concluindo, pode dizer-se que as regras poderão ser tidas em conta no início da pesca mas, caso falhem, não será de todo disparatado atender a estes dois exemplos, entre outros que certamente muitos dos que têm mais experiência desta técnica poderão apresentar.

O trabalho de casa foi feito, seguimos para o mar, procuramos, sondamos e, finalmente, encontramos um pesqueiro daqueles cheio de comedia. Olhamos a água, olhamos o céu e enquanto determinamos o rumo da deriva, começamos a olhar as amostras tentando escolher a que mais se adeque, em termos de movimento possíveis, característicos e côr, para a pesca que vamos iniciar.

Apresento-vos então algumas das minhas amostras e respectivas "armas" montadas e remontadas neste passado fim de semana em que a pesca andou longe.

A Sea Rock, côr Cavala, de 200 grs:
No mesmo dia e na mesma passagem, capturou um Pargo na encosta dum pontão, pelos 37 metros e, logo a seguir, no bico do mesmo pontão que subia aos 29, um Robalo, para além de outras vitórias em outros dias. Versátil, não é?

Quando desce livremente, meneia-se e deita-se ora para um lado ora para outro. Em subidas longas, abana-se em pequenos "Ss" e roda sobre si, fazendo mexer os amarelos dos fios que amarram os anzóis. Junto ao fundo e na coluna de água, quando lhe damos pequenos toques, elevando a ponteira da cana aos soluços e subindo-a progressivamente aí a um metro ou dois do fundo, deita-se e apruma-se de forma irregular, caindo erraticamente quando a largamos de repente, ferrando peixe quase parada nos toques curtos, a descer e nas subidas longas com curtas paragens e arranques súbitos. Um espectáculo, esta amostra.

Depois, tem as irmãs mais novas e primas coloridas das quais sou fã!

A de 150 grs:
Esta só leva um anzol... Não tem comprimento para mais e não gosto de colocar anzol em baixo para evitar os "arrochanços".

Gosto dos fios amarelos, nesta côr. Perguntarão porquê... Foi com eles que capturei mais peixe, embora tenha testado com outros. Teria sido da côr ou simplesmente não estavam lá quando tentei? Não faço ideia mas, pelo sim pelo não, mantenho-a!

No que respeita à côr dos fios, o mesmo não se pode dizer das primas coloridas...

A Côr de Rosa de 150 grs:

Na última pesca, capturou um Robalo a estrebuchar junto ao fundo e mais tarde um Atum pequeno, numa paragem de "doente", entre os 5 e os 10 metros da superfície. Alguma coisa os peixes vêem nela que não a largam.

E esta? A que resolvi chamar Peixe Piça... Está em experiência!
Como esta... Quase branquinha, com fio, anzol e decoração a condizer:


Não há dúvida... Tenho as Sea Rocks no coração!

O formato de corpo e as montagens que se fazem, permitem animações variadas, fáceis e actuantes a subir, a descer e nos movimentos mais curtos que se imprimem. Quase se pode dizer que capturam peixe de qualquer maneira, assim demos com ele.

A amostra seguinte é uma outra, da qual nem me lembro o nome mas que... descendo rápido, trabalhando bem em pequenas animações curtas e subindo em meneios, fará, mais dia menos dia, as alegrias deste pescador. Penso até que ainda não o fez porque também não lhe dei a atenção devida.

E agora aí vêem outros alvos do meu carinho... As "Velhotas"

A de cima, tão antiga que me foram oferecidas uma série delas... Ninguém as comprava! Paciência...

Dei-lhes um jeito ao rabo, enfeitei-as um pouco, ensinei-as a fazer o pino e... Quer a de cima quer a de baixo, já me agradeceram conforme vos mostrei na entrada passada.


Quem não há-de caber em si de contente será quem as fez... O Zé Vicente! Nunca ele pensou que esta coisa aqui em baixo, cabeçuda e com ar abrutalhado capturasse alguma coisa... Ou terá pensado?
Certo é que estas duas "cinzentonas" e mais a de baixo, uma "Zé Vicente", já aperfeiçoada pelo meu amigo Carlos Cruz... Ficaram loucas!

Elas descem a pique, mudam de repente de direcção e começam a descer de lado, sendo tão irregulares às animações que mais "doente" que aquilo nunca vi. Quando sobem a toque de manivelada, abanam-se de tal modo que até fico tonto! Velhas gaiteiras... É o que são!

Esta aqui de baixo ainda não capturou nada, mas que raio... Também ainda não lhe dei tempo!

Depois... Sou sincero! Não resisti!

Se, como tudo indica, o cinzento funciona e sendo eu um fã das Sea Rocks, por razões óbvias; porque não tentar arranjar uma nessa côr?

O mercado não as tem mas o meu amigo Nuno, da 7even, atirou-se ao assunto e conseguiu desencantar quem as imitasse. Não são perfeitas, mas trabalham bem e agora, só falta experimentá-las... Vamos ver!

Cá está ela! Pronta a actuar! Não vejo a hora de a experimentar, talvez em zona mais profunda ou em dia de deriva mais rápida, já que o peso que se conseguiu, foram as 230 grs.


Ainda na onda das cores escuras, achei que alguma claridade mesclada poderá vir a prestar algum serviço quando a frieza da água me levar para maiores profundidades, onde algum brilho influirá talvez sobre as atenções de outras bocas, talvez maiores ou até as mesmas que andaram pelas águas baixas quando estiveram quentes... Só vendo!

O resultado destas reflexões originou a montagem desta Knife, cujas irmãs vestidas de rosa e azul já me deram alegrias, não se podendo dizer o mesmo desta negra, cinza e prata, com montagem a condizer.

O trabalho desta amostra é estranho!

Pequenas elevações progressivas (sobe... Sobe... Sobe...) da ponteira da cana, imprimem-lhe um movimento de pêndulo derivado da tendência a cair para um qualquer lado entre os movimentos de subida e, larga-se a seguir... Deixando que desça em queda livre, qual folha de Outono percorrendo uma linha irregular de aspecto... Como direi? Quase helicoidal... Os ataques têm acontecido todos durante a animação própria da descida, perceptíveis pela linha que fica a boiar, obrigando a recolhas de fio e elevações rápidas da cana para ferragens efectivas. Até agora, só capturei Pargos com as irmãs de que falei. Um assunto que parece sério!

Já chega de escuridão! Alegria... Precisa-se!

Aí está ela! A exuberância em formato de peixe!

Amarelo, laivos pretos, barriga esbranquiçada, envolvimento fluorescente das hastes dos anzóis que vinham montados de compra, à parte, sendo que ao testá-los antes de os colocar a assistir qualquer amostra o fio soltou-se, de imediato e com um mínimo de pressão, daquele envolvimento duro e fluorescente que envolve a haste. Ficaram em espera até à chegada desta amostra que vinha montada com um anzol triplo na "cauda" e que aqui o "engenheiro" resolveu alterar. Vamos ver o que dá... Num dia claro, num fundo escuro ou em qualquer situação em que a sonda mostre peixe com fartura e nada mais funcione... Outros testes para fazer. Não digam a ninguém, mas... O comportamento dela é muito parecido com o das velhotas cinzentas... Outra "doente" em potência!

A conversa está cada vez com um ar menos sério, mas também não estamos aqui para acender velas ao acto de pescar. Por isso, há que "parvejar" de vez em quando, embora com ar inteligente, mesmo que pouco...

Considero que a seriedade está sediada naqueles que investem para nos fazer pensar o material que usamos que, como atrás inferi, utilizando resultados de experiências frutuosas, estudando o movimento e comportamentos das espécies alvo, inovam continuamente em novas formas, novos materiais... Com o objectivo de comercialização que claramente se deverá fundamentar na qualidade e na melhoria de resultados procurados continuamente por qualquer pescador, cabendo a este não aceitar outra forma de ser tratado.

Da seriedade de trabalho referida, parecem-me poder ser um exemplo as amostras abaixo, recentes, mistas de materiais duros e macios, com formatos variados e cores para todos os gostos (peixe e pescador), indiciando animações extremamente versáteis e, segundo vários pescadores e documentos produzidos, com resultados muito bons.

As Inchiku, à esquerda e a Tai-Jig à direita, nomes tipo destas "feras", comercializadas por várias marcas, têm vindo a fazer furor. Um dia destes experimento!

No entanto, convenhamos... Não posso abandonar as minhas "meninas", sob pena de nunca chegar a saber da real efectividade da maioria delas. Tenho de testá-las em várias épocas, profundidades... Jogar com as cores e as condições dos dias em que fôr, fundamentando-me na necessidade de as trocar, caso me venham a falhar. Parece um bocado "saloio"...

Mas a "saloiada" ainda não acabou! Olhando para as Inchiku, pareceu-me que poderão ser a evolução do que vários pescadores já faziam, montando polvinhos de vinil nas fateixas triplas e duplas, aplicadas nas caudas ou cabeças de amostras mais compridas, como aliás já vos mostrei naquela primeira "Velhota". Nas Inchiku, os polvinhos trabalham fora da linha central da amostra, tudo indica, provocando movimentos ainda mais acentuados. Esta constatação, fez-me pensar e resolvi adaptar uma das minhas amostras, a sénior Intruder, bem conhecida dos pescadores de Capatões que há muito a usam ou usaram, com bons resultados, ali pelas zonas da Arrifana e Carrapateira, e... Resolvi dar-lhe um ar louco!

Este que aqui vêem!

Um Pargo, por exemplo, olha para isto e, enquanto os instintos de ataque se vão instalando em crescendo, pensará para com os seus botões: epá... Aquilo é um Carapau! Coitado... Deve estar mesmo mal ou aquelas hipóteses de polvos nem se chegavam a ele. Mas está ali muita comida?! Entretanto dá uma voltas e apercebe-se que o bicho nem consegue ir muito longe e estrebucha de forma "muito doente" fazendo com que os polvinhos mexam os raios incessantemente, também danadinhos para parar o que resta do desgraçado. O Pargo, quase decidido, dá mais uma volta rápida sem perder o pitéu de vista, tira-lhe mais uma vez as medidas e... Zás! Atira-se àquilo com tanta voracidade que quando se apercebe já se tramou, iniciando-se a partir deste momento a felicidade de um qualquer pescador, lá na superfície. Talvez "moi"...

"Filme" à parte... Esta amostra era oferecida pela marca, unicamente com uma fateixa tripla na cauda, mais tarde coberta com um polvinho por pescadores mais avisados, o que eu, neste devaneio e pensando nas Inchiku, resolvi alterar!

Troquei a fateixa tripla por uma dupla mais forte, supostamente menos fácil de se prender lá no fundo. Para lhe criar mais irregularidade de movimento resolvi cobrir cada haste da fateixa dupla com polvinhos de vinil montados em oposição. Não satisfeito e já a rir-me... Para dentro, não fosse a família pensar em "doideira repentina"; espetei-lhe com um anzol de assistência, com polvinho, na zona da cabeça; cobrindo a hipótese do tal predador resolver atacar por esse lado e, eventualmente, promovendo animações ainda mais loucas. Sinceramente... Não faço ideia do que vai dar, nem estou preocupado.

Possivelmente, a "Rambinha", nome com que resolvi baptizar o artefacto por razões óbvias, na primeira descida, toca o fundo e fica presa por excesso de armamento, terminando assim a sua carreira ou... Talvez não! Depois conto.

Bom... Entre seriedade e baboseira, já me diverti à grande enquanto estive para aqui a badalar e, podem crer, não vou ficar só com estas amostras; mais dia menos dia vou à procura de outras... Devagarinho e pensando em coisas mais macias, os vinis... Ando para aqui a magicar...

Logo ficaremos a saber...

Boa noite a todos os leitores!

7 comentários:

Anónimo disse...

Sim senhor... bendito mau tempo! Pôs o Ernesto a seco e claro... endoidou!
Uma página inteirinha a falar de material!
Além do delírio com a Rambinha para matar saudades da pesca
Gostei e aprendi mais qualquer coisa mas continuo com a sensação que esta pesca se faz "no escuro" e muito alicerçada no profundo conhecimento e resultados anteriores de um dado pesqueiro. Aparentemente há muitas variáveis incontroláveis para um iniciado
É também interessante o confronto dos acessórios antigos com os actuais. Valerá pena mudar por mudar ou esgotar (se é que isso acontece...) as potencialidades do arsenal bélico de há 20 ou 30 anos?
Aguardemos o desenvolvimento e as consequências destas reflexões sobre os doentes e os intrusos dos mares

Abraço
João Martins

Anónimo disse...

Grande Ernesto! Mais uma boa lição de mestre!
Iniciei-me agora na arte de zagaiar... tenho profunda convicção que é o futuro da pesca... pelo menos dos bons exemplares!

Abraço

Atentamente Luis Ramalho

Ernesto Lima disse...

Viva Pessoal!

Grato pelos comentários!

Ao João:

No escuro, talvez não!

Penso que mais uma vez parece essencial escolher bem os pesqueiros. Depois, só o teste continuo poderá trazer mais valias às questões mais "escuras"!

Ao Luís!

De mestre... Não posso nem devo dizê-lo!
Escrevo e aprendo com o que escrevo, enquanto tento raciocinar sobre o que escrevo. No fundo, é um pensar alto... Se vos servir também, então fico todo satisfeito! Lol

Abraço

Ernesto

Anónimo disse...

pesca é assim é inovar..continue assim que eles hao d aparecer ;)

Ernesto Lima disse...

Viva Anônimo!

Grato pelo comentário!

Inovação... Não sei ao certo!?

Estou mais inclinado para... Aproveitamento!

Abraço

Ernesto

Anónimo disse...

claro que sim aproveitamento de materias ,mas é claro existe inovaçoes em 1a zagaia que por ai esta descrita . esses pelos a fazer de barbatanas laterais tao muito bem feitas ..chamo a isso inovaçao visto que é 1a zagaia artesanal alterada e ate hoje ainda nao tinha visto com barbatanas no mercado:)boa invençao.faço aqui 1a atençao para ver a revista mundo da pesca n:99 de maio de 2009 onde há 1 artigo de robalos onde se utiliza 1 arte artesanal chamada :chivos.(será que os pargos não gostam de chivos ?!só experimentando:)se conseguir obter esse artigo vale a pena ver.quanto a outra zagaia que por ai está descrita "rambinha " será que nao ensarilha na descida??continue a experimentar.abraço

Ernesto Lima disse...

Viva Sr. Anônimo que comentou sobre a questão das zagaias!

Grato pelo comentário!

Sobre o artigo que refere, ainda não o li, mas vou ler e agradeço desde já a sua informação.

Quanto à "Rambinha", de facto não se enredou nas duas primeiras descidas e atendendo às distâncias a que os anzóis estavam montados, em princípio penso que tal não aconteceria...

Aconteceu foi o que eu já esperava... à terceira vez que desceu ficou lá arrochada por excesso de armamento! Ehehehe!

Abraço

Ernesto