sábado, 30 de outubro de 2010

Fiabilidade... Comportamento de pesqueiros... Outras condicionantes...


Pôr do Sol, mar calmo, a porção do varandim do barco a dizer-nos onde estávamos nesse fim de tarde, em que pensámos, conversámos, agimos, pescámos, capturámos... Reflectindo sempre sobre os sinais, acções e resultados dos dias anteriores, terminando satisfeitos, em contemplação do que nos rodeava, por imposição da beleza com que o Astro Rei mais uma vez nos presenteou.

Os dias de pesca desenrolaram-se entre Quarta Feira (20) e Sábado (23).

Quarta à tarde fomos zagaiar até ao fim do dia, Quinta, Sexta e Sábado dedicámo-nos à pesca de fundo com o barco fundeado.
As intenções eram: procurar, testar, experimentar, tentar perceber,... Com algumas capturas que, de algum modo, fundamentassem raciocínios em que baseámos as nossas escolhas de pesqueiros, a acção de pesca e outras atitudes que nos pareceram adequadas conforme se alteravam as condições em cada local onde fundeámos.

A zagaia de fim de tarde de Quarta ofereceu-nos sinais desinteressantes, muito trabalho, prolongando-se quase até à noite...


... Não fora o pequeno Sarrajão, da foto abaixo, em seguida libertado, mais uma grade entraria para a história dos esforços com zagaia.


Na Quinta Feira, as Douradas e Pargos foram procurados fora, à terra, em entralhados perto de pontões altos e também naqueles isolados no meio de terreno mole, considerando as habituais deslocações da época, mas, nem os sinais de sonda, nem os sinais conseguidos em acção de pesca se mostravam efectivos.
A dificuldade em encontrar fundos interessantes, fundear em cima deles, manter o barco no local de fundeio e, consequentemente, confiar na acção de pesca, foram uma constante ao longo do dia, muito devido a ventos que, embora fracos, variavam assiduamente em intensidade e direcção, coadjuvados por aguagens, também elas variáveis, em cada local, nos seus rumos e intensidades.
Abreviando... Nos pesqueiros que testámos, sem aguagem, o barco andava à roda, o peixe dava  sinais fracos e não subia;  em outros, com aguagem, o barco ficava certinho, os sinais não eram grande coisa e o peixe continuava a não subir.
Estávamos chateados? Nem pensar! O dia estava espectacular e as experiências e análises não paravam.
Entretanto a tarde caía, peixe a bordo nem vê-lo... Faziam-se horas de procurar um pesqueiro, supostamente fiável e tentar capturar o jantar, porque isto de comer experiências e análises também não nos pareceu grande coisa.

Lá fomos em demanda do tal pesqueiro "supostamente fiável"... Mas o que é isto?

Considerando a procura direccionada para predadores, o tempo de pesca restante e resultados anteriores, entre outros factores... As hipóteses de um pesqueiro ser fiável, parecem aumentar significativamente em zonas onde habitualmente existam ou se formem, a qualquer momento, concentrações de peixe miúdo.
As condições para que tal aconteça, tendem a criar-se, com maior facilidade, em fundos acidentados, ou seja, cheios de pontões altos, não muito distantes entre si  e intervalados por entralhados ou terrenos mais macios, cruzados normalmente por "suas majestades", em direcção às sombras das bases dos pontões a partir de onde terão mais facilidade em iniciar a sua acção de caça, surpreendendo os "alegres incautos" de baixo para cima.
Verdade também que caso tais "personagens" não compareçam, será sempre possível encontrar "secretários de estado" ou "assessores" que não tendo a sua envergadura, nos proporcionarão algum deleite quando os caçamos nós.
Nesta altura do raciocínio já nos dirigíamos para uma zona deste tipo, onde fundeámos e, expectantes, iniciámos a acção de pesca.
A aguagem estava instalada, diminuindo de intensidade, e, os toques apareceram, aumentando de interesse com a diminuição desta, permitindo-nos capturar um Parguito e uma boa Sargueta, já muito perto da noite, pelo que nos vimos forçados a voltar ao porto, para tratar de nós e decidir o que fazer no dia seguinte. Para todos os efeitos, este foi o único local onde tivémos sucesso, coisa que teria de saltar para a mesa do jantar na hora da dissecação técnica do dia.

A preparação do dia seguinte, tendo em contra os recentes acontecimentos, apontava dois caminhos:
- Procurar outros pesqueiros, mais perto, mais fora ou mais longe.
- Apostar naquele último pesqueiro (o tal fiável...) e, atendendo aos sinais e condições, tentar perceber o seu comportamento ao longo de todo um dia, independentemente de capturar ou não.

A primeira opção, tendencialmente, implicaria maior gasto de tempo, combustível, assim como, diminuição do tempo útil de pesca, atendendo às condições verificadas, diversas e pouco habituais nesta época do ano.
A segunda opção, supostamente, garantir-nos-ia o inverso, com a vantagem de entendermos o comportamento de um pesqueiro, supostamente fiável, ao longo de um dia em que, tudo o indicava, seríamos sujeitos a pescar com aumentos e diminuições de aguagens, já que, segundo o Windguru, o vento se manteria relativamente estável.
Estava decidido... No dia seguinte, iríamos dissecar aquele último pesqueiro até à exaustão.

Saímos para o mar, na Sexta, à hora habitual - nove e meia/um quarto para as onze - iniciando a acção de sondagem em toda a área, não sem antes perceber a deriva do barco que, pela direcção e velocidade verificadas, indicava aguagem relativamente forte na mesma direcção da brisa que se fazia sentir, assegurando-nos um fundeio certo, compensada que fosse a deslocação do ferro na descida, por força da aguagem existente, de modo a que caísse onde se pretendia.

Escolhemos um fundo a 52 metros, entre pontões que se elevavam aos 39, pela proa; e, aos 42, pela popa; o que permitiria colocar o barco em cima do primeiro bico, esperando que a aguagem deslocasse as nossas baixadas para o intervalo ou, dar cabo logo que a aguagem diminuísse, caso tal viesse a acontecer.


A força da aguagem, obrigava-nos a usar chumbadas de 200 grs e a travar a linha na descida para que não fosse parar a Porto Côvo. Os toques eram variáveis e pouco consistentes, com roubos incompletos, mas sempre roubando algo, o entusiasmo era grande e esperavam-se grandes coisas, mas... Foi trabalho e mais trabalho, durante todo o Santo Dia.
As horas passavam, a acção era constante, variando iscas e formas de iscar, colocando as baixadas mais perto e mais longe, sem que se conseguisse uma captura decente, para além de raras Choupas ou Sarguetas pequenas que subiam esporadicamente, normalmente ferradas por fora da boca, onde os anzóis 4/0, tinham dificuldade de entrar. Não desistimos! Já que tínhamos esperado e labutado tanto tempo, importava ver o comportamento do pesqueiro para o fim de tarde que se aproximava, limitando em tempo a demanda de outros pesqueiros.

Eram quatro e tal da tarde, quando a aguagem perdeu intensidade iniciando-se, quase de imediato, alterações significativas nos toques que se sentiam.

Um pequeno toque, um pequeno peso, uma pequena luta e eis que capturo isto:


Uma Andorinha, também conhecido por Bigorrilho ali para os lados de Setúbal, peixe indicador de que estamos talvez demasiado encostados à pedra.
Lembrei-me que a aguagem tinha quase parado e que o barco deveria ter deslizado para cima da pedra, o que a sonda me confirmou assim que a liguei, indicando-me os 45 metros. Demos cabo até que o barco se posicionou na base do pontão, aos 52 metros, onde a marcação tinha melhorado significativamente.
O entusiasmo entrou em alta e aconteceu o que se esperava, os toques eram intensos, a isca desaparecia rapidamente e o João entrou em luta com um exemplar maior... Um dos "secretários de estado" vestido a preceito de prata e cinza...



Logo em seguida foi a minha vez de capturar outro, mais austero numa vestimenta cinzenta e negra...


E foram entrando em ritmo acelerado mais alguns destes exemplares que poderiam ter estado encostados à pedra, no lado contrário à aguagem onde, supostamente, se formarão remansos que lhes evitarão gastos supérfluos de energia, de tal modo que não saem de lá para comer postas de Sardinha na zona de força da corrente... Dá muito trabalho!
A tarde já ia no fim, a acção continuava e não deixou de aparecer mais um convidado, bem mais colorido de vestimenta, gordo e anafado, com luta dura lá ao fundo, esmorecendo na subida, talvez por excesso de tecido adiposo, merecendo a foto abaixo.


Finalmente e já de forma inesperada, eis que surge uma luta conhecida e pouco intensa dum aio de sua majestade que, gulosamente, se atirou a uma posta de Sardinha, das últimas que desceram, quer pela diminuição da actividade no pesqueiro, quer pela aproximação da noite que chegava a passos largos 


A intensidade destas duas horas de pesca, no que a capturas se refere, terminou conforme se tinha iniciado, rápida e abruptamente, dando indicações importantes sobre a influência da aguagem neste pesqueiro, assim como a sua fiabilidade, atendendo a que, no dia anterior, tínhamos cá chegado mais tarde e ainda se conseguiram duas capturas mesmo sem ter trabalhado o pesqueiro como  o fizemos durante todo este dia.

O regresso ao porto, veio cheio de conversa sobre o acontecido, antecipando já o dia seguinte, pensando no que fazer com o Raimundo, o Victor e o Pedro que me acompanhariam na jornada... Certamente voltaríamos a este pesqueiro para ainda melhor o perceber. Ficava no entanto a pergunta: valeria a pena vir para cá logo de manhã ou seria melhor procurar outros locais e marcar encontro com "eles" à mesma hora do dia seguinte?
Logo se veria à mesa do jantar que nessa noite seria extremamente técnico, pois à chegada encontrámos o Fernando Fontes e o Modesto, com quem combinámos a jantarada lá na Flor de Sines.

À falta do Zé Beicinho, encerrado para férias, fez o amigo Helder as honras da casa.

O jantar, para além dos Secretos de Porco Preto a preceito, foi delicioso...

O Fernando e o Modesto tinham ido também pescar, são gente que não gosta nada de falar de pesca,... Tal como eu e o João Martins!?
Aquilo foi pesqueiros, iscadas, materiais, visão e comportamento dos peixes, épocas melhores e piores e claro... Peixe com fartura, ou não fossem estas tertúlias os locais e momentos onde mais peixe se captura... Toneladas!!!

Mas de toda a conversa desenrolada, entre outras muitas coisas, ficou a dica do Fernando, sobre alguns Sargos e Pargos que tinham capturado durante a manhã, ali mais à terra, longe das aguagens. Tal informação poderia complementar o dia seguinte, em termos de pesca. De manhã ia mais à terra e à tarde voltava ao mesmo pesqueiro, podendo talvez colmatar a hora do dia em que, por força da aguagem, esse poderia ser pouco produtivo. Estes os pensamentos que me acompanhavam enquanto procurava o vale dos lençóis e o descanso que o "cadáver" já me solicitava, não me permitindo sequer sonhar com qualquer tipo de peixe, só dormir profundamente!

A navegação da manhã iniciou-se calma, aquecendo motor em direcção à saída da barra, contemplando os faróis, os quais sempre olho como guardiões do porto, nutrindo por eles um respeito que não sei explicar. Resolvi apreciar as condições do pesqueiro do dia anterior, antes de tomar qualquer outra decisão, constatando à chegada a presença da corrente intensa e já conhecida. Disse-lhe até logo e segui para Sul, perseguindo a dica do Fernando.
Sondámos e fundeámos naquela calmaria dos 33 metros, não se passando muito tempo sem resultados.

Obrigado Fernando! Pensei para comigo.

Verdade é que todo este ano se tem apresentado com diferenças importantes quanto ao comportamento dos peixes no que respeita à frequência de pesqueiros, versus época do ano. Muitos pesqueiros que, nesta altura do ano, apresentariam poucas hipóteses de capturas, têm-se verificado a salvação em dias onde tudo falha, certamente devido às alterações verificadas indiciando uma vez mais que os conceitos que vamos desenvolvendo não podem nunca manter-se rígidos, sob pena de diminuirmos significativamente a nossa percentagem de sucesso.

Certo é que não tinham passado 10 minutos de pesca e já subiam Sargos a bordo.

O Raimundo estava desalmado... Aquilo era quase de seguida, embora os peixes não fossem de grande porte, deixavam no ar que algo maior poderia aparecer, tanto pelos toques quanto pela intensidade de pesca, onde entravam exemplares como este, entre dois ou três Parguitos:


Também o Victor apanhou o seu quinhão durante a manhã, tendo por exemplo o bicharoco que se segue.


A pesca compunha-se mas, tal como o Fernando tinha referido, por volta do meio dia o pesqueiro foi esmorecendo. Pensámos que ainda se revigorasse, mas não!
Os toques foram diminuindo de intensidade, até que se chegou ao ponto de nem sequer tocarem nas iscas o que sugeria fortemente a procura de outro local de pesca.

Pelas posições dos barcos fundeados, face ao vento, percebia-se que lá no pesqueiro do dia anterior  se mantinha a aguagem, parecendo-nos cedo para lá retornar. Procurámos terra onde não tivemos melhor sorte, embora tenham entrado um ou outro peixe daqueles que não procuramos, como Sarguetas ou Choupas com medida. No entanto, a irregularidade e falta de intensidade dos toques não auguravam melhores sortes. Tínhamos testado, não funcionou e era hora de procurar o pesqueiro do dia anterior, esperando que os comportamentos fossem idênticos... E foram! Direi mesmo, quase a papel químico, excepto no que tocou ao tamanho e quantidades de peixe face às espécies capturadas.

Ora vejamos!

A minha curiosidade relativamente a este pesqueiro, prendia-se com as condições que iria encontrar na mesma hora; na verificação da alteração das mesmas, em tempo; e, na correspondente resposta que nos traria em termos de capturas.

Chegámos, sondei, vi os sinais e fundeei no mesmo local, apercebendo-me da mesma aguagem e dos mesmos sinais do dia anterior.
A primeira diferença revelou-se à chegada quando, quase de imediato e ainda com forte corrente, se dá esta captura do Raimundo... Um Sargo legítimo de bom porte.


Pensei que tudo se tinha alterado, mas não! Este Sargo estaria possivelmente de chegada e não resistiu à posta de Sardinha "gentilmente" oferecida.
Durante algum tempo e até que a aguagem começou a perder intensidade os sinais ficaram tal e qual como no dia anterior e assim continuaram quando aquela diminuiu, quase à mesma hora, oferecendo-nos então capturas, agora de Sargos e Pargos, os primeiros em menor quantidade e do tamanho que o Victor vos mostra...


Os segundos em maior quantidade e no tamanho que me coube mostrar... 


Voltando à análise da fiabilidade de tal zona de pesqueiros, considerando resultados anteriores e os que acabo de vos relatar, pode inferir-se que ela é de facto real, pela estrutura e variedade de fundos, pela extensão, pela profundidade... Tendo em conta que em 52 metros de água, tudo pode acontecer de forma mais significativa que a 22 ou muito mais fundo. É ainda uma profundidade confortável para pescar com quase todo o tipo de condições que permitam estar no mar.
Sem dúvida que estará condicionada em determinados dias e horas, conforme ficou demonstrado nestas jornadas, quer pelos condicionalismos observados, quer por outros que no futuro lá se instalem. Tudo indica que em qualquer época, em qualquer dia, em determinada hora; em algum lugar desta zona, acabarão por se capturar alguns bons exemplares, mesmo daqueles que mais queremos. Cabe-nos procurar, testar e  analisar nesse sentido.

A noite aproxima-se, a pesca por hoje acabou. Já icei o ferro e estou de volta ao porto...


... Deixando-vos estas reflexões e esperando que tais vos preencham alguns dos momentos em que estariam a pescar, caso o tempo o tivesse permitido neste último fim de semana de Outubro.

Divirtam-se!

9 comentários:

Anónimo disse...

Boa Noite Ernesto

Já faltava mais uma das suas expetculares crónicas desses dias intensos passados no mar , que grandes sargos que parecem raquetes de tenis , e nas brasas escalados com sal imagino o tamanho do piteu que deu lugar . Já vi que os peixes continuam muito diluidos na água , parece que estão sempre a adivinhar estes temporais qu e andam por ai , e como me disse para o domingo que estava tudo muito negro imagino o mar como estará , mas como nós dizemos a "sigueira é muta " espero ,como se diz em pulgas para o proximo dia de pesca e a tal desforra com os secretarios de estado , vassalos , principes e porque não reis e ainda agora que está na altura das rainhas da pesca embarcada as douradas e os reis Pargos , que tao pouco tenho sido regicida .

um abraço e foi um deleite ler as suas crónicas dos seus dias no Mar
Nuno Mira

Anónimo disse...

Viva Ernesto,
Agora que o tempo é mais algum para ti, estou a ponderar fazer um desafio aqui a todo o pessoal, para te patrocinar e te obrigar a ires mais vezes ao mar. Claro que os relatos ficavam incluídos...
É incrível como tu nos consegues pôr no barco, quase sentir aquilo que se passa no mar, mesmo sem lá estarmos. Quase melhor do que estando nós lá mesmo. No sábado, mesmo com a tua dica de que o peixe, por ali, andava a comer tarde, como os resultados não foram visíveis não tive a capacidade de lá ficar até à tarde, o meu saldo foi fraquinho. Por fora uma aguagem muito grande e quase ausência de toques. À terra muita moreia, parece que só lá havia aquilo.
Espero que continues a ter saúde e tempo para ir muitas vezes e nos brindes com os relatos
João Carlos Silva

Ernesto Lima disse...

Viva Pessoal!

Grato pelos comentários!

Ao Nuno Mira:

Compreendo-te perfeitamente... Eu quando estou uns dias sem ir ao mar, começo a ficar difícil de aturar.
O pensamento anda mesmo muito por lá, tentando entendê-lo, para melhor estabelecer relações.
O problema é que teórica sem prática é complicado.

Ao João Carlos Silva:

O fim de tarde é... O fim de tarde!
Se lá estivermos uma ou duas horas antes, a fazer pesqueiro... A coisa parece funcionar ainda melhor.
Outros dias, é chegar e abancar.
As apostas de cada um, dão mais ou menos resultados, em determinados momentos e é assim que se vai aprendendo, desde que tentemos perceber os porquês que nem sempre estão à vista.
De qualquer modo é necessário ir, apostar, tentar, testar... Só assim conseguiremos algo.

Abraço

Unknown disse...

Mais uns excelentes dias de pesca. Mas o peixe nota quando se aproxima uma tempestade. Deixam de andar à procura de comer, visto o mar revolto fazer isso por eles. Para a semana com o tempo melhor, as pescarias vão ser melhores. Assim espero eu e muitos pescadores que ficaram em terra.

Anónimo disse...

Viva Ernesto,
As suas reflexões são alimento para a alma. Obrigado por continuar a partlhar as suas aventuras.

@ João Martins,
Secretários de Estado desses são sempre bem-vindos a bordo. Dos outros, não convém nada.

Um abraço.


António Abranches

Eu Adoro o que Faço disse...

muitos parabens e obrigado por estes dias de pesca que me proporcionas-te atravez da tua escrita.
1 abraço

Ernesto Lima disse...

Viva Pessoal

Aos últimos comentadores:

Fico satisfeito por ter contribuído para o Vosso entretenimento.

Quanto às esperanças do Valter, penso que são as de todos nós.
Esperemos então...

Abraço

Ernesto

João Martins disse...

Pois foi... nos dias relatados, além da saída do meu “secretário de estado”, sobretudo o Ernesto encarregou-se provocar uma remodelação ministerial nas profundezas do mar de Sines. E o resto da comitiva também fez mossa neles!

Sobre o documento, os dois parágrafos iniciais prenunciam a abordagem feita - o relato de quem tem a capacidade mental e a felicidade de poder dedicar-se em pleno a uma pesca táctica e selectiva durante 4 dias seguidos, explorando e estudando pesqueiros e as variáveis que se apresentam em cada momento
Ña minha opinião, uma aposta inteligente combinar a zagaia com a pesca ao fundo. Bem diferentes mas ajustadas consoante as circunstâncias ao mar pesquisado
Mesmo nos períodos em que o peixe não sobe (e às vezes são longos!) há o gozo da análise dos acontecimentos e da recolha e integração de informação que acaba por ser decisiva em momentos posteriores, a seguir ou mesmo dias e anos depois
Desta forma, o grande problema é a dificuldade em se saber tirar o máximo partido de cada situação concreta de pesca. Problema que, pelas evidências, no Makaira não existe

Por mim, só tenho de lhe agradecer o deixar-nos viver ao vivo ou em diferido momentos belos de pesca como estes

Abraço JM
.

Ernesto Lima disse...

Viva João!

Grato pelo comentário!

Quanto à remodelação governamental, só não capturámos aquele que devíamos... Esse sim... Uma dor de cabeça para os miúdos e médios. Ehehehehe

Mas não perde pela demora...

Quanto às opções tomadas... Têm por base a contínua curiosidade e a contínua procura na melhoria da "base de dados". Parece-me ser essa a grande mais valia para um pescador.

Abraço

Ernesto