terça-feira, 30 de outubro de 2007

Erros que se cometem!? - 31/Agosto/2007


Nas entradas anteriores, respectivamente, 15 e 21 de Agosto, iniciei um "falar alto" sobre o estudo de locais, tendo para tal, baseado a minha procura essencialmente na hora da maré, procurando o peixe mais à terra com a maré a encher e perto da Preia-Mar, ou mais fora, com a maré a vazar ou perto da Baixa-Mar.
A ingenuidade e por vezes alguma cegueira que raia a parvoíce, acontecem principalmente quando se pensa que começamos a dominar determinados assuntos e, afinal, esse domínio só aconteceu, porque para além das variáveis para as quais olhámos, ouve outras que por sorte estiveram conjugadas e nos permitiram julgar que tudo estava certo e a correr sobre rodas!
Não!!! Então a pesca só se baseia nas marés!?
E a lua? A temperatura da água? As correntes que se desconhecem? O estado do mar? Enfim, tanta coisa que dificilmente se domina uma de cada vez, quanto mais todas elas conjugadas a influirem nos resultados que temos na prática diária deste nosso "vício"! E o tempo disponível para estudar e testar tudo isto? Onde está ele?
Que veleidade a minha, pensar que poderia testar algo baseado unicamente na conjugaçao das horas e das marés!? Só mesmo a anestesia e a calma das férias podem servir de desculpa a tal presunção!
Não digo que, atendendo à subida da temperatura das águas que se verificou nessa altura, não tenha existido alguma relação com as marés e peixe capturado quer nos 23, quer nos 46 metros, mas, era de esperar que houvesse modificações e teriam sempre de ser tidos em conta outros factores! Quais? Pois, não sei!!!
O que sei é que, dia 23, 24 e 26, pesquei segundo as orientações relacionadas com as marés e fui castigado! Quase totalmente e com "mérito próprio"
Parei para pensar e, preparando a pesca de dia 28, resolvi insistir nos mares de terra que conheço e não tinha ainda testado de forma que considero suficiente, mas, já com a intenção de ir para pesqueiros mais fundos (+/- 80 metros), caso os testes à terra não provassem! Ou seja, tendo em conta que os Pargos, nesta altura do ano, sempre deram pelo interior do "Limpo de Morgável", com alguma regularidade, coisa que não parece ter acontecido esta época, haveria que procurá-los noutros pesqueiros ou até procurar novos locais, coisa que em Sines não falta!
E, assim foi!
Iniciei nos mares de terra, primeiro pelos 33, depois pelos 40 metros e, os sinais eram os mesmos; pouco peixe, muita ratice nas iscas e muito poucos toques francos que indiciassem a real gana de comer fosse qual fosse a isca utilizada ou tipo de rabeira montada! E, posso dizer-vos que estive umas boas duas ou mais horas em cada um dos dois locais que testei!
Finalmente decidi! Vou lá fora! E não me arrependi, já que ainda safei a pesca com 4 Pargos de quilo a premiarem a minha perseverança e a fornecerem indicações para as próximas pescas que foram diferentes e que descreverei na próxima entrada!
A foto desta entrada, mostra-vos um dos poucos peixes que me salvaram do castigo, total e merecido, a que me sujeitei nestas jornadas e, parece-me, pelos factos que descrevi!

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